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INCÊNCIOS Centena e meia de Bombeiros combateu fogo em Lorvão

Incêndio chegou a lavrar com três frentes, mas não chegou a ameaçar habitações, tendo sido dominado ao final da tarde


Um incêndio de grandes dimensões lavrou ontem na freguesia de Lorvão, Penacova, tendo havido a necessidade de convocar meios de 20 corporações para o debelar, não que sem antes conseguisse assustar as populações das localidades vizinhas.
O fogo surgiu cerca das 15h30, entre Lorvão e Sernelha e progrediu rapidamente, encosta acima, com três frentes a lavrar com grande intensidade, numa zona íngreme, parca em acessos e onde a povoação de eucalipto é extremamente densa.
Ajudadas pelo vento, depressa as chamas se tornaram enormes e obrigaram à intervenção de meios humanos e materiais numerosos, tendo estado no terreno cerca de 150 elementos de 20 corporações de bombeiros do distrito, apoiados por 53 viaturas. Não chegou a ser activado nenhum meio aéreo.
Na altura mais intensa do fogo, as chamas rondaram várias povoações, como a Póvoa, ou mesmo Sernelha, mas nunca se aproximaram o suficiente para se poder dizer que houve habitações em perigo.
Trata-se de uma zona onde existem muitas localidades dispersas junto à orla florestal, mas a acção dos bombeiros acabou por ser suficiente para evitar que as chamas chegassem perto de habitações.
Contudo, o vento forte e a falta de acessos nalguns locais levaram a que, a meio da tarde, se pensasse que o combate pudesse entrar noite dentro, o que acabaria por não acontecer, graças ao esforço coordenado dos bombeiros, sapadores florestais e GIPS que estiveram no local.
Cerca das 18h00, o vento amainou e, como explicou o comandante dos Bombeiros Voluntários de Penacova, duas frentes foram extintas, restando, naquela altura, uma frente com cerca de 500 metros.
Sem saber dizer quais as origens das chamas, António Simões tinha a perspectiva de conseguir dominar o fogo ainda antes do anoitecer, o que se viria a confirmar, uma vez que fogo foi dado como dominado pelas 18h44.
De referir também o trabalho da GNR, que teve o trabalho de “dominar” o trânsito, de forma a possibilitar a melhor mobilidade possível aos bombeiros, assim como da população, que só não ajudou onde não pode, seja a esticar linhas de água ou a fornecer água, leite e alimentação, de forma absolutamente voluntária e espontânea. I



Texto e fotos de José Carlos Salgueiro