Escada de peixe é um “passo importantíssimo para a reabilitação” de espécies
Infraestrutura de 3,5 milhões de euros está a funcionar no rio Mondego
Por Susana Lage
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| Canal de acesso à passagem de peixes |
Pedro
Raposo de Almeida, Bernardo Quintella, Carlos Alexandre e alguns
estudantes em regime de voluntariado vão desenvolver um trabalho
essencial para perceber se a escada de peixes do Açude-Ponte no rio
Mondego, em Coimbra, cumpre o objectivo para que foi construída.
A ideia desta obra de 3,5 milhões de euros, concluída no Verão do ano
passado, é garantir que o Açude-Ponte não continua a constituir um
obstáculo intransponível para as espécies piscícolas que ocorrem no
Mondego.
Com esta infraestrutura, pretende-se assegurar a continuidade longitudinal do rio Mondego, desde a sua foz até à mini-hídrica de Penacova, incluindo os principais afluentes existentes a montante daquele ponto, ou seja, os rios Ceira e Alva.
Segundo Pedro Raposo de Almeida, por enquanto ainda não é possível avaliar o funcionamento da passagem para peixes devido à “redução drástica” no caudal do Mondego que o presente ano hidrológico provocou. Assim, será necessário esperar pelos resultados do futuro programa de monitorização que deverá arrancar nos próximos meses.
No entanto, o professor da Universidade de Évora e investigador do Centro de Oceanografia. consegue avançar que a passagem de peixes “foi utilizada com sucesso por tainhas”, um migrador catádromo que à semelhança da enguia se reproduz no mar mas passa uma parte significativa do seu ciclo de vida em águas continentais.
No futuro, “esperamos poder confirmar a utilização por outras espécies, designadamente, a lampreia-marinha, o sável, a savelha, a enguias, o barbo, a boga, o escalo e o ruivaco”, diz.
A equipa vai ainda procurar otimizar a eficiência da passagem, definindo um programa de gestão que reflita a sazonalidade das migrações das várias espécies piscícolas, e racionalizar a actividade pesqueira que é exercida sobretudo na parte inferior do Mondego, de forma a garantir a exploração sustentável das populações de peixes migradores diádromos neste rio.
Com esta infraestrutura, pretende-se assegurar a continuidade longitudinal do rio Mondego, desde a sua foz até à mini-hídrica de Penacova, incluindo os principais afluentes existentes a montante daquele ponto, ou seja, os rios Ceira e Alva.
Segundo Pedro Raposo de Almeida, por enquanto ainda não é possível avaliar o funcionamento da passagem para peixes devido à “redução drástica” no caudal do Mondego que o presente ano hidrológico provocou. Assim, será necessário esperar pelos resultados do futuro programa de monitorização que deverá arrancar nos próximos meses.
No entanto, o professor da Universidade de Évora e investigador do Centro de Oceanografia. consegue avançar que a passagem de peixes “foi utilizada com sucesso por tainhas”, um migrador catádromo que à semelhança da enguia se reproduz no mar mas passa uma parte significativa do seu ciclo de vida em águas continentais.
No futuro, “esperamos poder confirmar a utilização por outras espécies, designadamente, a lampreia-marinha, o sável, a savelha, a enguias, o barbo, a boga, o escalo e o ruivaco”, diz.
A equipa vai ainda procurar otimizar a eficiência da passagem, definindo um programa de gestão que reflita a sazonalidade das migrações das várias espécies piscícolas, e racionalizar a actividade pesqueira que é exercida sobretudo na parte inferior do Mondego, de forma a garantir a exploração sustentável das populações de peixes migradores diádromos neste rio.
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| Entrada da passagem de peixes junto ao Açude-Ponte |
Pedro Raposo de Almeida assinala que “o
plano de reabilitação do rio Mondego para os peixes migradores
diádromos reveste-se de particular importância, sobretudo devido à perda
de habitat para estas espécies que resultará da construção das
barragens de Ermida e Ribeiradio no rio Vouga. É fundamental que a par
do trabalho que está a ser desenvolvido no Mondego, exista igualmente
uma intervenção no Vouga que garanta a preservação de habitats para
estas espécies, a jusante do empreendimento referido anteriormente, com
vista à preservação deste importante recurso haliêutico na região centro
do país”.


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