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Assalto a funcionário dos CTT rendeu 18000 euros

Funcionário dos CTT foi assaltado à saída do banco. Assaltantes usaram gás pimenta e fugiram num carro que queimaram no IP3. Desclocação à Caixa Geral de Depósitos é feita diariamente para recolher o dinheiro necessário, nomeadamente para pagar reformas.

Seriam 08h50 quando foi dado o alerta. Em plena Rua Conselheiro Barjona de Freitas, no centro de Penacova, acabava de ser praticado um assalto. A vítima foi o funcionário dos CTT que se deslocou ao balcão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para se munir da verba necessária às movimentações do dia. O funcionário estava, segundo apurámos, a substituir um colega de férias e tinha assegurado esta diligência  toda a semana passada. Ontem, tinha acabado de sair da CGD e dirigia-se para os Correios quando foi interceptado. Ainda terá oferecido resistência, mas ficou “fora de combate” com um spray paralisante.
«Fui assaltado», gritou, pelo menos três vezes, a vítima, alertando o proprietário de uma casa de electrodomésticos. «O homem estava aninhado, de joelhos», contou o proprietário da Electro Esteves, que já não viu sombra do assaltante. A primeira preocupação do empresário foi «ir buscar um jarro de água para ele lavar a cara e os olhos», conta, sublinhando que no rosto da vítima, bem como na camisa branca, eram bem visíveis os vestígios do gás. Entretanto, «começaram a aproximar-se pessoas» e chegou a GNR.
Depois de prestar o necessário apoio ao atordoado funcionário – que teve de receber assistência nos Hospitais da Universidade de Coimbra – o dono da loja empenhou-se em «juntar as muitas notas» espalhadas pela rua. «À minha porta eram só notas», recorda, dinheiro que terá “escapado” no quadro do embate entre vítima e assaltante, que teria em seu poder, segundo apurámos, um valor que rondaria entre os 15 e os 20 mil euros.
O dono da casa de electrodomésticos por pouco não presenciou o assalto. «Tinha ido buscar umas pastas», refere, operação que o retirou do local onde habitualmente se encontra e lhe permite um olhar atento sobre a rua. Por isso só se apercebeu de algo estranho quando a vítima gritou. «Foi tudo muito rápido», assegura.
No local comentava-se que o assaltante teria uma viatura à espera, que terá sido roubada e encontrada pouco depois, incendiada,  junto à Barragem da Aguieira. A Polícia Judiciária está a investigar. 

Empresário incrédulo
Não me recordo de uma coisa assim», afirma o dono na Electro Esteves, incrédulo com o assalto.
O empresário recorda que, «há uns anos foi assaltada uma ourivesaria, mas durante a noite». Em plena luz do dia foi a sua primeira experiência e motiva uma atitude de descrença: «Isto está bom é para eles (assaltantes)…Ataca-se quem trabalha, assim não temos qualquer hipótese», lamenta.

Originalmente publicada em Diário de Coimbra de 11.08.2012

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