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De novo a escola *

Estamos nas vésperas do início das aulas (de 10 a 14 de Setembro), por isso vamos reflectir nos problemas da educação escolar.
Um dado incontestável é que a escola existe em função da educação dos alunos. Já houve tempos em que o ministério se chamava da Instrução, mas isso foi há um século. Quer dizer que o objectivo número um das escolas é educar, guiar. Isto desde logo nos levaria a largas considerações que deixamos para outra altura.
Se a escola tem de estar em função dos alunos, não podem os pais alhear-se do que se lá passa, pois os alunos são os seus filhos e a família é a primeira interessada em que os seus membros mais novos sejam bem guiados.
O estado, embora muitos políticos possam pensar o contrário, é uma estrutura supletiva que ajuda os pais na educação. Daí que estes têm o direito de escolher a escola que querem para os filhos. Só haverá verdadeira democracia no ensino quando isto for realidade.
Os professores são importantes, porque são eles os agentes da educação. As famílias pagam-lhes, através dos seus impostos, para que façam um bom trabalho. Para tanto precisam de estar motivados. O estatuto dos professores, a situação dos edifícios, os apoios pedagógicos são fundamentais para que as coisas corram bem.
Quase um quarto da população portuguesa entre os 18 e os 24 anos abandonou o sistema de ensino sem ter sequer concluído a escolaridade obrigatória. Aos 15 anos, a taxa de desistência ainda é de sete por cento. Há pois um grande caminho a percorrer por todos os agentes da educação para que a escola funcione bem e seja motivadora para os que têm mais dificuldade no aproveitamento.
 

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