Rendas aumentam 3,36% em 2012
Alguns inquilinos podem esperar atualizações maiores quando a liberalização entrar em vigor.
As rendas vão aumentar 3,36% em 2012, de acordo com os dados sobre a inflação publicados pelo Instituto Nacional de Estatística e que servem de base ao cálculo da atualização. Este é o maior aumento desde 2004.
O aumento das rendas está indexado à taxa média de inflação (sem habitação) nos últimos 12 meses até agosto e, segundo o INE, essa taxa situou-se nos 3,36%. O aumento abrange os contratos de arrendamento posteriores a 1967 já que, as rendas mais antigas, anteriores a essa data, serão atualizadas a um valor superior, de cerca de 5%.
Os aumentos vão afetar 627 mil famílias e, nos casos dos contratos de arrendamento assinados após 1990, o aumento entra em vigor no mesmo mês da assinatura do contrato. Para os contratos de arrendamento anteriores a 1990, a atualização das rendas aplica-se já em janeiro.
Para estes últimos, a atualização das rendas ainda não fica por aqui, já que, com a entrada em vigor da nova lei do arrendamento, os aumentos serão bem mais significativos e deverão chegar também no decurso do ano que vem.
Recorde-se que, de acordo com a nova lei das rendas, para os agregados com rendimentos mais baixos, estes serão tidos em conta no cálculo da atualização, sendo que a taxa de esforço (peso da renda no rendimento disponível) não poderão ir além de 10%, 17% e 25% do rendimento familiar bruto, dependendo dos casos.
Para os restantes, os tetos dependem do valor do imóvel (6,7% do valor patrimonial) ou não existe mesmo qualquer limite.
Com que aumento pode contar?
Os aumentos em euros variam muito, consoante o valor da renda. Mas, se tivermos em conta que, para uma renda contratada no final dos anos 80, o valor médio ronda os 120 euros, esta taxa de atualização implicará em média um aumento de 4 euros.
Porém, para uma renda contratada depois de 1990, onde o valor médio ronda os 300 euros, a subida será de 10 euros mensais.
Contratos mais recentes, nomeadamente em Lisboa, superam frequentemente os 600 euros. Neste caso, o aumento será superior a 20 euros mensais.
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