Opinião - Sem rei nem roque
A minha publicação
nesta página não se reveste de nenhum cariz politico, até porque acho que eles,
são necessários a uma sociedade justa e democrática, sendo estes o rosto do
povo que os elege.
Não me identifico com partido algum, mas comungo alguns ideais de muitos deles. No que a Penacova concerne, conheço alguns dos que hoje dirigem os destinos do nosso concelho, porque em tempos privem com eles, em períodos da minha vida, o que me leva a respeitar a sua intelectualidade e integridade.
Mas como nem sempre estamos de acordo e muitos de nós não nos pautamos por jogos políticos, de acusações e de estratégias em busca de votos e eu revejo-me nesse lote de pessoas apartidárias.
Este fim-de-semana quando me desloquei à minha Terra Natal, deparei-me com um cenário que me parecia inacreditável, a casa dos meus Padrinhos cedia a olhos vistos, em 40 anos nunca tal tinha acontecido. Depois de uma avaliação mais pormenorizada na companhia do meu Primo, deparamo-nos com um cenário nada agradável, todo o talude que tinha sido sobrecarregado com restos de uma escavação se tinha desprendido e estava a movimentar-se, o que levou ao resultado que está à vista de todos.
O que me leva a perguntar, quem são os responsáveis da decisão de fazer descargas de restos de uma obra, naqueles taludes sem saber de antemão se era ou não viável a sustentação do mesmo?
O rio Mondego foi ultrajado também neste processo de descargas de entulhos, e um iluminado teve a ideia de construir uma estrada desde a Ponte de Penacova, até ao Reconquinho junto à sua margem, nota-se que quem teve esta ideia não conhece os historiais do Mondego, nem muito menos dos seus caudais, porque o rio fez o favor de levar tudo o que tinha lá sido depositado, sem rei nem roque?
Quero com isto dizer que todos actos de gestão devem ter responsáveis, e deixar-se de uma vez por todas de negligenciar decisões mal tomadas.
Por
José Silva
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