FEIRA DO MEL E DO CAMPO - Dar a conhecer o que é endógeno e típico de Penacova
No próximo fim-de-semana há Feira do Mel edo Campo, com o tradicional magusto, mas ao longo de todo o mês é à mesa que se servem os míscaros e o sarrabulho
Quatro vezes por ano,
conforme a época, há festivais gastronómicos, cada um com sua temática; e uma
vez por ano, sempre por altura do S. Martinho, as castanhas tomam conta do
arraial, onde o mel e os produtos do campo também têm o seu espaço de destaque.
Novembro é, nesta linha, um mês de gastronomia e de produtos endógenos, “acolhendo”
a realização de dois eventos - “Mês dos Míscaros e do Sarrabulho” e “Feira do
Mel e do Campo” – que se enquadram na aposta da Câmara de Penacova: dar
visibilidade aos produtos que são de toda uma região, mas são também,
especialmente, de Penacova. Dois eventos, uma finalidade: «valorizar o que é
nosso», disse ontem o presidente da autarquia, Humberto Oliveira.
Mais de uma dezena de
restaurantes do concelho responderam ao repto da Câmara Municipal, promovendo,
ao longo de todo o mês, os míscaros (em arroz) e o sarrabulho, ganhando em
troca a clientela e a promoção da autarquia. «São dois produtos que têm a ver
com a nossa história, a nossa tradição e cultura», afirmou o autarca, numa conferência
que foi de apresentação, mas também de apelo aos sentidos, porque a mesa esteve
posta com aquilo que se quer promover.
Humberto Oliveira lembra-se
de «ir aos míscaros». Era assim antigamente entre a população. «Queremos que
este produto tenha no futuro a importância que já teve. É de toda a justiça»,
afirmou o autarca que, ao promover um festival que gira à volta dos míscaros, está
a promover a restauração do concelho e a «capacidade de fazer deste um prato de
eleição». Na verdade, sublinha, a vantagem de Penacova ao realizar este certame
é ter restaurantes que «sabem cozinhar» este produto.
Igualmente integrante a
cultura popular, está o sarrabulho. «Novembro é o mês da matança», recorda o
autarca de Penacova, para justificar a temática do festival.
Castanhas com mel
Mantendo aquilo que já é uma
tradição, no próximo fim-de-semana, de sexta-feira a domingo, decorre a Feira
do Mel e do Campo, que se junta ao ancestral magusto que, com esta “roupagem”
que a autarquia lhe deu há alguns anos, não se resume a «febras e castanhas »,
mas constitui um
evento de clara promoção
dos produtos do campo, onde o mel tem especial relevo. Humberto Oliveira
lembra, de resto, que a produção de mel no concelho é bem mais expressiva do
que parece, havendo toda uma restante área agrícola que se promove neste
certame.
Ao todo, são 30 stands,
todos oriundos do concelho de Penacova, que vão vender o mel e os restantes
produtos do campo. Quem visita a feira tem gostado, já que, assegura o autarca,
«a adesão do público tem vindo
a aumentar de ano para ano».
Castanhas e febras grelhadas em festa
tradicional
O ancestral
magusto esteve na origem da realização da Feira do Mel e do Campo.
As
castanhas e as febras grelhadas voltam domingo ao Parque Verde de Penacova, num
dia de festa para toda a comunidade. Mas o evento começa antes, às 18h00 de
sexta-feira, com a inauguração oficial da feira, acompanhada de animação musical.
Sábado, a partir das 17h00, abrem-se as portas do recinto que, às 22h00, é
palco de baile com o conjunto Fax, seguido da actuação do DJ Nuka. Domingo, às
11h00, abre o recinto e começam a chegar
os representantes da Casa do Concelho de Penacova em Lisboa. às 14h30 actuam os
Cavaquinhos da Rebordosa e às 15h30 sobe ao palco Carlos Branco. O magusto decorre às 16h00.
Jornalista Margarida Alvarinhas
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