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PATRIMÓNIO - O (restaurado) Claustro do Silêncio


A intervenção no Claustro do Silêncio, no Mosteiro do Lorvão teve como objectivos centrais a conservação e reabilitação do conjunto existente e a ampliação para o novo programa: um museu de arte sacra e um centro de interpretação.

Mais do que um gesto de franca intervenção, procurou-se nestas duas vertentes uma releitura efectiva do espaço, aceitando sobreposições e oposições estilísticas. Utilizando a pré-existência como matéria de projecto, insistiu-se nesta clareza de diálogo entre passado e presente, marcando a diferença entre os tempos de vida do edifício através da utilização, nos elementos novos, de uma linguagem inequivocamente contemporânea.

As obras de conservação e a substituição de alguns sistemas construtivos considerados desadequados – respeitando a leitura histórica e simbólica do espaço – permitiram garantir a continuidade da integridade física do edifício. Os espaços do piso térreo do claustro – a galeria, as treze capelas, o pátio, as portas para a igreja e os espaços exteriores – foram assim reabilitados sem alterações significativas em termos morfológicos.

O novo edifício, ainda que marcadamente contemporâneo, foi pensado para se relacionar de forma serena com o claustro, reproduzindo a presença dos antigos edifícios do dormitório, cozinha e refeitório, desaparecidos no século XX, após a extinção do mosteiro. A sua presença silenciosa sintetiza-se numa caixa translúcida, elevada sobre a cobertura, que se demarca visualmente da pré-existência.

O percurso expositivo estende-se no seu interior por um conjunto de salas que, sob a luz suave e homogénea das suas janelas altas, se sucedem de forma contínua em termos de caracterização material e tratamento do espaço.

Texto e fotos de João Mendes Ribeiro - obtidas em http://www.domalomenos.com/
















 

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