MATA DO BUÇACO quer ser paisagem protegida local
A proposta de classificação da paisagem
protegida local da Mata Nacional do Buçaco estará em discussão pública a partir
de hoje. Na sequência da deliberação, tomada por unanimidade, pelo executivo Municipal da Mealhada, está
marcada para 5 de Junho, pelas 21h00, no Casino do Luso, uma sessão de
esclarecimento.
O alerta foi dado à autarquia por Fernando
Correia, presidente da Fundação Mata do Buçaco que, após tomar posse, em
Janeiro, se apercebeu de que o espaço não estava referenciado na Rede Nacional
de Áreas Protegidas. «Todos temos a percepção de que este é um local único e um
sítio que se deve proteger, mas após a criação da Fundação nada mais foi feito
nesse sentido. No fundo, não existe nenhuma protecção real, uma figura legal, por
parte da Administração Central sobre o Buçaco», afirmou Fernando Correia.
Uma “batalha”, que em conjunto com técnicos da
Câmara da Mealhada e da Fundação Buçaco – Nelson Matos, Jorge Sousa e Hugo
Fonseca – começou a ser preparada. «A tipologia que mais se adequa à nossa
realidade é a de “Paisagem Protegida de Âmbito Local” e foi sobre esta que
estudámos vários parâmetros, tais como, o Plano Director Municipal e a Reserva
Ecológica Nacional. No fundo, fizemos um estudo para perceber a viabilidade, que
se mostrou favorável », disse Fernando Correia.
E os objectivos traçados para a proposta de
classificação passam pela conservação das espécies e habitats locais e a preservação
do património natural, recuperação, requalificação, gestão e exploração de todo
o património edificado, manutenção e criação de novas oportunidades para o turismo histórico,
cultural, natural e recreativo/lazer, ao ar livre, em equilíbrio com os valores
naturais e culturais salvaguardados, entre outros.
Caberá à Fundação Mata do Buçaco a gestão da
Paisagem Protegida Local da Mata Nacional do Buçaco, em conformidade com um
regulamento que acompanha o processo de proposta. A preocupação da Fundação e
da autarquia é a de que a população seja ouvida.
«Este não é um processo fechado», concluiu
Fernando Correia, adiantando que a proposta estará disponível na Câmara e na
Fundação, bem como na página da internet www.cm-mealhada.pt. «Durante o período
de discussão pública, qualquer interessado poderá apresentar, por escrito.
Texto de Mónica Sofia Lopes
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