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INCÊNDIOS FLORESTAIS - PJ já deteve 21 incendiários este ano

A Polícia Judiciária deteve este ano 21 pessoas pelo crime de incêndio florestal, mais 14 do que no mesmo período do ano passado.


Segundo a Polícia Judiciária (PJ), nos primeiros seis meses do ano foram efetuadas 21 detenções pelo crime de incêndio florestal, tendo o maior número ocorrido na diretoria do Centro (cinco) e na Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real e Departamento de Investigação Criminal de Aveiro (quatro em cada um).

A estas detenções juntam-se ainda duas em Braga, uma na Guarda, mais três na diretoria do Norte e outras duas na de Lisboa. Os dados adiantam que as detenções, entre Janeiro e junho deste ano, mais do que triplicaram em relação a igual período de 2013, quando a PJ deteve seis pessoas.

Detenções subiram 250%

Rui Almeida, diretor da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária, disse [...] que no caso dos inquéritos houve 134 em 2013 e, este ano em igual período, 163. Se aqui o aumento não é significativo o mesmo não se pode dizer ao nível de detenções, já que estas subiram 250 por cento.

Embora a denominada fase crítica dos incêndios apenas tenha começado ontem, Rui Almeida destacou que “em todas as unidades onde há mais incêndios houve um aumento do número de detenções”, enquanto nas restantes números de detidos “mantiveram-se”. Apesar de terem sido mantidos os mesmos meios em relação ao ano passado, o diretor da PJ de Coimbra destaca que “o trabalho desenvolvido tem sido bom” assim como o “bom empenho dos investigadores” que tem permitido efetuar as detenções.

Maio bastante quente

O facto do mês de maio ter sido bastante quente – ao contrário do que sucedeu nas duas últimas semanas de junho – poderá estar relacionado com o número de situações ocorridas e, ao mesmo tempo, de detenções.

Apesar dos números conhecidos até agora, altura em que terminou a denominada fase “Bravo” de combate a incêndios florestais, tal não quer dizer que nos próximos meses estes até venham a sofrer uma redução em relação a 2013. Isto numa altura em que já se registaram 2.713 ocorrências de fogo, mais 389 do que no mesmo  período de 2013, que resultaram em 4.424 hectares de área ardida, um aumento de 48 por cento em relação ao ano passado, segundo o relatório provisório de incêndios florestais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Recorde-se que, no ano passado, os incêndios florestais provocaram nove mortes (oito bombeiros e um autarca) e consumiram a maior área ardida dos últimos oito anos, a Polícia Judiciária deteve um total de 82 pessoas.

Cinco jovens detidos em Coimbra

A Diretoria do Centro da PJ é a que já mais detenções fez, num total de cinco. Todas elas foram de jovens, com idades até 18 anos, tendo sido quatro pelos incêndios ateados junto da Escola Superior Agrária de Coimbra. Como o DIÁRIO AS BEIRAS noticiou quando os jovens foram detidos, os focos de incêndio começaram por “brincadeira” com umas bolas de algodão que caíam das árvores. Depois de acharem graça ao que acontecia começaram a atear o fogo em mato. Em termos do perfil do incendiário, poder-se-á dizer, que os quatro jovens suspeitos apresentarão um perfil atípico ao que normalmente se associa a quem comete este tipo de crime. O último detido terá ateado um fogo na última quinta feira. Tem 18 anos e embora não tenha dado qualquer explicação para o ato que terá cometido, deverá sentir uma forte atração pelo fogo.

Época crítica já começou

 A época mais crítica em fogos começou ontem e prolonga-se até 30 de setembro, estando mobilizados para o combate 29.697 elementos, 2.027 veículos e 49 meios aéreos, além dos 237 postos de vigia da responsabilidade da GNR.

A título de curiosidade refira-se que, no que aos incêndios não florestais diz respeito (casas, carros) no ano passado o número era de 19 e, este ano, em igual período subiu para 29. | Rute Melo

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