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OPINIÃO - Feriado Municipal de Penacova

Tendo sido convidado, na qualidade de deputado municipal, para as comemorações do feriado municipal, agradeci e informei que iria tentar libertar-me de compromissos profissionais para poder estar até à sessão solene e de homenagem aos trabalhadores do Município com mais de 25 anos de serviço. Não o tendo conseguido, peço desde já desculpa aos homenageados, deixando-lhes também os meus parabéns e votos de êxitos profissionais.


Quanto à conferência com o senhor Camilo Lourenço, transmiti ao senhor Presidente da Câmara que obviamente não estarei e que lamento o tempo e os recursos gastos com o protagonista da conferência, por várias razões, de que destaco:
1 – Por ver o senhor Camilo Lourenço como um dos responsáveis pela situação de crise atual do país, por ser um dos ideólogos e conselheiros desta política de afundamento da nossa economia, de encerramento de serviços públicos de que Penacova também é vítima, de cortes nos rendimentos do trabalho, quer de funcionários públicos, quer de trabalhadores do setor privado, de cortes das dotações para tudo o que é serviço público e funções sociais do Estado.
2 – Por conhecermos o retrato negro a que essa política nos conduziu: mais de 2 milhões de pobres, 736 mil desempregados, (nºs oficiais) 300 mil desencorajados, 160 mil obrigados a assinar contratos em que recebem 200 euros de salário e 412 mil desempregados não recebem subsídio de desemprego. 
440 mil postos de trabalho destruídos, sendo que só em 2013 foram à falência mais 18.800 empresas. Meio milhão de salários e 181 mil reformas penhoradas porque as pessoas não conseguem cumprir os compromissos. 150 mil famílias perderam a casa, 300 mil viram a eletricidade cortada e 12 mil a água.
Foram cortados 40 mil abonos de família (30%), 60 mil complementos solidários para idosos (30%) e 305 mil rendimentos de inserção social (60%).
Emigraram mais de 250 mil jovens, dos quais 30 mil enfermeiros só no último ano.
Mais de 2.000 milhões de euros (2.000.000.000,00€) foram transferidos do rendimento do trabalho para o rendimento do capital com este Governo.
E porque estes números têm rosto, por vezes até são notícia: “o maior problema que nos chega às urgências é a fome” – urgências de Aveiro (20.05.2014); “As misericórdias evitaram que a fome se generalizasse”  (28.05.2014).
3 – Por saber que Portugal tem futuro. Um país com mais de 8 séculos de história e que já passou por situações de crise e por governos tão maus como o atual, tem que sobreviver e há-de conseguir libertar-se desta crise, desta política e destes governantes.
4 – Por entender que o caminho para o futuro de Portugal é em sentido contrário àquele que nos conduziu ao abismo e no qual o senhor Camilo Lourenço insiste todos os dias em comentários no serviço público de televisão, onde é pago como se serviço público prestasse.
Agradecendo mais uma vez o convite, subscrevo-me com consideração.
O deputado Municipal da CDU,

Eduardo Ferreira

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