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RUY DE CARVALHO apresenta livro em Penacova

Os CTT de Portugal vão organizar no dia 1 de agosto, pelas 15h00, no edifício dos Paços do Concelho (Câmara Municipal), uma sessão de autógrafos com o ator e autor do livro “Os anjos não têm asas”, Ruy de Carvalho.


Ruy de Carvalho faz, neste livro, uma viagem íntima pelas suas emoções e pelos grandes momentos da sua vida, como marido, pai, amigo e ator.

Partilha com os leitores as experiências e as lições de vida mais marcantes. Com um olhar crítico mas temperado, Ruy de Carvalho abre o livro do seu coração, num relato espontâneo e comovente sobre a vida, o amor e os afetos.
Tem 87 anos, 71 como ator. Como ele próprio diz, “sempre com muito amor pelo teatro e pela vida”.

Estreou-se profissionalmente, em 1947, no Teatro Nacional (como discípulo), na comédia "Rapazes de Hoje", de Roger Ferdinand.
Ator de primeira linha da sua geração, fundou, em 1961, o Teatro Moderno de Lisboa, grupo teatral que passou a integrar, participando em todas as suas peças.

Em 1963, assumiu a direção artística do Teatro Experimental do Porto (TEP). Fez ainda parte de outras companhias, como a companhia de Vasco Morgado e Laura Alves, a companhia Rafael de Oliveira e da companhia sedeada no Teatro Maria Matos.

Em 1977, esteve no relançamento do Teatro Nacional D. Maria II, onde permaneceu até 2001. Com o fim da companhia residente do Teatro Nacional, foi dispensado por ser reformado, juntamente com Eunice Munoz, Fernanda Borsatti e Jacinto Ramos. A promessa de que voltariam como atores jubilados, nunca aconteceu.

A sua atividade artística estendeu-se igualmente à rádio e à televisão, tendo sido o primeiro ator a representar na RTP, com o "Monólogo do Vaqueiro" (1957). Para além de ter sido um dos atores que mais teatro fez na televisão, foi também dos primeiros atores a fazer telenovelas, como "Vila Faia" (1982) e "Origens" (1983).

No cinema, estreou-se em 1951, com o filme "Eram 200 Irmãos", mas foi nos anos 60 que o seu trabalho se tornou mais relevante nesse campo. Da sua filmografia destacam-se "Pássaros de Asas Cortadas" (1963), "Domingo à Tarde" (1965), "O Cerco" (1969), "Cântico Final" (1974) e "Non ou a Vã Glória de Mandar" (1990).

Em 2001 participou no filme “ A Selva” de Leonel Viera e em vários filmes de Manoel de Oliveira.

Como ator, Ruy de Carvalho emprestou a sua voz, diversas vezes, ao cinema e à publicidade. Participou também em numerosos teatros radiofónicos e trabalhos de dobragem de desenhos animados.
Cumprindo um velho sonho, protagonizou em 1997, o clássico "Rei Lear", de William Shakespeare, integrado nas comemorações dos 150 anos do Teatro Nacional e dos 50 anos da sua carreira de ator.
Foi Presidente do Conselho Nacional para a Política da 3ª Idade e ainda Presidente da Comissão Executiva do Ano Internacional das Pessoas Idosas, em 1999.

Em 1999, foi protagonista da série “Todo o Tempo do Mundo”, e entre 2000 e 2009 participou em várias novelas e séries, como “ Olhos de Água”, com o neto mais novo, Henrique de Carvalho, “Filha do Mar”, “ Sonhos Traídos”, “ Amanhecer” “ Saber Amar”, “SOS - Criança“ “Inspetor Max”, “Sentimentos”, ”Sedução”, entre outras. 

Tem diversos prémios e medalhas de mérito, algumas das quais entregues por presidentes da República.

Adaptação do texto original de Rita Correira

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