SAÚDE - CHUC é o segundo melhor hospital de todo o país
Estudo
da Escola Nacional de Saúde Pública analisou as melhores respostas a um
conjunto de 17 doenças, nalgumas das quais a unidade de Coimbra tem a primeira
posição.
Coordenado
por um investigador da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), o “ranking” avaliou,
ao nível do internamento, o desempenho dos hospitais públicos em Portugal continental,
identificando as melhores respostas a 17 conjuntos de doenças.
O
estudo, realizado por especialistas da ANSP, colocou o Centro Hospitalar de S.
João em primeiro lugar, o de Coimbra em segundo e o Lisboa em terceiro. Surge,
em quarto lugar, o Hospital Beatriz Ângelo (Loures). Seguem-se os centros hospitalares
do Porto e de Lisboa Central, a Unidade Local de Saúde (ULS) de Matosinhos, os
centros hospitalares de Tondela-Viseu, do Tâmega e Sousa e o Hospital de Braga.
O
“ranking” resulta da avaliação dos episódios de internamento para as doenças do
aparelho ocular, cardíacas e vasculares, digestivas, endócrinas e metabólicas,
ginecológicas e obstétricas, infecciosas, músculo-esqueléticas, neoplásicas,
neurológicas, órgãos genitais masculinos, ouvidos, nariz e garganta, pediátricas,
da pele e tecido celular subcutâneo, respiratórias, dos rins e aparelho urinário,
do sangue e órgãos linfáticos e hematopoéticos, traumatismos e lesões
acidentais.
O
Centro Hospitalar de Setúbal foi o melhor classificado para as doenças do
aparelho ocular, enquanto o de S. João (Porto) lidera para as doenças cardíacas
e vasculares e para as doenças digestivas.
Nas
doenças endócrinas e metabólicas, o primeiro lugar é ocupado pelo Centro
Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que também lidera a avaliação
para as doenças ginecológicas e obstétricas. O Centro Hospital de S. João está
igualmente em primeiro lugar para as doenças infecciosas. O Centro Hospitalar
de Tondela e Viseu é o primeiro classificado para as doenças
músculo-esqueléticas. Nas doenças neoplásicas, o melhor classificado foi o S.
João, seguido do IPO do Porto, os centros hospitalares de Coimbra e de Lisboa
Central e, em quinto lugar, o IPO de Lisboa.
Para
Martins Nunes, «o CHUC tem-se vindo a posicionar no 1.º ou 2.º lugar desde há alguns
anos, o que afirma a excelente qualidade da medicina de Coimbra no contexto
nacional e internacional».
Segundo
presidente do Conselho de Administração do CHUC, «só é possível manter ao longo
dos anos estas posições porque os seus profissionais dão, no dia-a-dia, o seu melhor
em prol dos nossos doentes, do ensino e da investigação».
IPO de Coimbra em
destaque
O
IPO de Coimbra está em primeiro lugar para as doenças dos ouvidos, nariz e
garganta.
Nas
doenças pediátricas lidera o Hospital Beatriz Ângelo (Loures), com o S. João a
aparecer em primeiro lugar para as doenças da pele e do tecido celular
subcutâneo e as patologias respiratórias.
Para
as doenças dos rins e do aparelho urinário, o primeiro lugar é ocupado pelo Centro
Hospitalar de Lisboa Norte, enquanto o de S. João lidera para as doenças do
sangue e dos órgãos linfáticos e hematopoéticos. O Centro Hospitalar de Tondela
Viseu está em primeiro para os traumatismos e lesões acidentais.
Para
a elaboração desta tabela foram considerados os hospitais responsáveis pelo tratamento
de 99% do total de doentes internados, não fazendo dela parte os hospitais com
um volume de produção reduzido.
CHUC com desempenho menor
nas readmissões
Segundo o “ranking”, subscrito por Carlos
Costa e Sílvia Lopes, da ENSP, instituição que não é vinculada ao documento, os
melhores hospitais nem sempre apresentam bons resultados em indicadores como a
mortalidade, complicações e readmissões.
O
S. João lidera tabela ao nível do desempenho global e da mortalidade, mas ao
nível das complicações nem sequer se encontra nas dez primeiras posições. O
CHUC, que ocupa a terceira posição na mortalidade e o primeiro lugar nas complicações,
está fora dos dez primeiros lugares para as readmissões.
O
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, na terceira posição, tem o segundo lugar ao
nível da mortalidade, mas não consta dos dez primeiros nas complicações e
readmissões.
Fonte: DC