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EXPOSIÇÃO - ExpoAlva quer ajudar a dar um “pontapé na crise”



Após quatro anos de interregno, uma vez que a Junta de Freguesia entendeu, há dois anos, face à crise, não organizar a feira, a ExpoAlva está de regresso a S. Pedro de Alva, Penacova. Um certame que se apresenta «reforçado» e que aposta em «dar um pontapé na crise», «incentivar o empreendedorismo» e «motivar as pessoas», para que «comecem a acreditar, a ver luz ao fundo do túnel», contribuindo para «levar a economia para a frente. Palavras de Vítor Cordeiro, presidente da União de Freguesias de S. Pedro de Alva e S. Paio do Mondego, que justifica, ainda, este “reforço” pelo facto de ser a primeira edição com as freguesias unidas. «Seguramente é, também, um factor de enriquecimento e vem reforçar os laços de união», adianta.

Com um orçamento «arrojado para uma junta de freguesia», que «ronda os 70 mil euros, Vítor Cordeiro considera que, «não só é possível», como «importante», tendo em conta a vontade expressa de «criar dinamismo» e «mobilizar as pessoas». De resto, a organização, da responsabilidade da União de Freguesias, tem tudo pronto para que a quarta edição da ExpoAlva seja um grande evento. «As condições estão todas criadas, só precisamos da adesão das pessoas», diz o presidente da Junta, sublinhando que a organização não poupado esforços na divulgação e promoção do certame, através de outdoors, flyers, rádios locais e redes sociais.

Voltando à organização, a feira – inaugurada amanhã, pelas 15h00 – realiza-se no espaço anexo ao edifício da Junta, numa área com 8.500 m2, onde habitualmente se efectua a feira mensal. Vítor Cordeiro orienta-nos numa visita antecipada, apresentando a «tenda gigante», com 1000m2, onde estão 50 expositores, representantes dos sectores comercial, industrial e de serviços da União de Freguesias, do concelho de Penacova e outros vizinhos, mas também de regiões mais distantes, como Braga ou Trofa.

Fora da tenda, no espaço exterior, está a “ala” do artesanato e se o número de expositores cresceu, Vitor Cordeiro sublinha o crescimento exponencial na área do artesanato. «Normalmente tínhamos 5/6 expositores, neste momento temos 18», diz, satisfeito. Também em espaço aberto estão os representantes do sector automóvel, maquinaria agrícola e de jardinagem. Há também um espaço dedicado à gastronomia e à componente mais lúdica, onde se incluem dois palcos. Para as crianças há um espaço com insufláveis, balões, pinturas faciais, entre outras atracções.

A boa mesa, com os produtos endógenos da região e as especialidades gastronómicas de referência, não podia faltar em S. Pedro de Alva e vai estar a cargo de oito associações da União de Freguesias. O presidente esclarece que a organização decidiu consultar todas as colectividades, num total de 13. Oito quiseram estar presentes e cada uma é responsável pela respectiva tasquinha. A ementa espelha e «promove o que de melhor fazemos da região», diz Vítor Cordeiro, fazendo desfilar uma ementa de “fazer crescer água na boca”: chanfana, arroz de fressura, bucho recheado, peixe do rio, torresmos, carnes grelhadas, bacalhau à lagareiro ou com migas. Para quem tenha capacidade de “resistir”, certamente há um bitoque à sua espera. O espaço dedicado à gastronomia apresenta uma segunda inovação, que pretende ser um sinal claro do «verdadeiro espírito associativo», diz o autarca. Assim, há «uma copa comum», que gere toda a louça, respectiva recolha, lavagem e reposição. E para funcionar, «cada associação destaca um elemento», acrescenta.

Um cartaz apelativo


Nos dois palcos do certame vão actuar artistas e bandas de referência, como o jovem D8 (domingo), Função Públika (segund), ou Ruth Marlene (quarta) e grupos da região, com um “toque” mais popular (palco B, junto às tasquinhas). «Temos um cartaz abrangente, para os mais diversos gostos e faixas etárias», considera o autarca, destacando a presença de DJ, responsável pela animação pela noite dentro.

As entradas são pagas, embora um valor simbólico, de dois euros, para os dias de sábado, domingo e quarta-feira. Segunda e terça-feira o preço sobre para os três euros. Todavia, a organização criou um bilhete geral, que permite o acesso aos cinco dias do certame e custa 10 euros.