CHELO - Donos do café Manekas afugentam assaltantes
Foi
uma noite turbulenta na localidade de Chelo, concelho de Penacova. Seriam 2h20
da manhã e aos elementos da família Ribeiro, proprietários do Café Manekas,
dormiam descansadamente, quando um barulho ensurdecedor os acordou. Como a
habitação fica por cima do café, depressa pai, mãe e filha chegaram à varanda.
Os gritos vieram de seguida e conseguiram afastar os assaltantes. Só não
conseguiram evitar os avultados prejuízos, decorrentes da porta e vitrine do
estabelecimento estilhaçados.
«O
carro embateu contra a porta, que cedeu, e acordámos com o barulho», conta a
filha do proprietário, sublinhando que, com a chegada da família à varanda, os
assaltantes «nem saíram do carro», pondo-se imediatamente em fuga. O carro «era
escuro», mas «não conseguimos perceber marca ou matrícula» e imediatamente
demos o alerta para as autoridades».
«Foi
a primeira vez, em 38 anos, que houve uma tentativa de assalto ao Café
Manekas», adiantam, os proprietários, fazendo notar a chegada célere da
patrulha da GNR ao local. A família Ribeiro, apesar dos estragos, manteve ontem
o café em funcionamento, mesmo antes de a porta e a vitrine, mandadas fazer
logo ao princípio da manhã estarem concluídas. E não deixa de sublinhar a
“sorte” que os acompanhou, pois, «não levaram nada e nós ficámos bem».
Diferente foi, lembra, a situação verificada na véspera, na noite de domingo
para segunda-feira, na Rebordosa, onde foi assaltado um café, também com uma
viatura usada para “forçar” a entrada no estabelecimento, de «onde foi furtada
uma máquina de tabaco».
Perseguição policial
encurralou assaltantes
O
alerta, célere, para a GNR, colocou em “campo” uma patrulha, que circulava nas
redondezas de Chelo e que se colocou na peugada dos assaltantes, com o apoio de
outros meios, entretanto accionados. Uma operação que envolveu os militares do
Destacamento Territorial de Coimbra, do Destacamento de Intervenção e também do
Trânsito, e onde não faltaram, quando o dia começou a clarear, os cães
pisteiros.
A
perseguição aos assaltantes, culminou com estes “encurralados” na zona de
Torres do Mondego. Ao verem-se sem possibilidade de fuga, de acordo com o
comandante do Destacamento da GNR de Coimbra, os indivíduos «abandonaram a
viatura» - um Volkswagen Golf - «furtada» e prosseguiram a fuga a pé. Um, de 27
anos, foi detido no local e os outros dois, de 30 e 34 anos, «estão
identificados». A detenção do assaltante aconteceu entre as «3/4 horas da
madrugada» e as operações de “patrulhamento” continuaram, na tentativa de
localizar os outros dois homens, sem sucesso. Todavia, a operação «saldou-se
num êxito», sublinha o comandante Hugo Campos, tendo em conta que, além da
detenção de um dos suspeitos, «os outros dois estão identificados, sabemos quem
são», adianta.
Averiguar
envolvimento noutras situações de assalto
O
detido, de 37 anos, foi ontem à tarde presente ao Tribunal de Penacova, para
primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coacção consideradas
convenientes. Está em liberdade, sujeito a termo de identidade e residência. Os
três suspeitos são residentes no concelho de Coimbra e, segundo apurámos, têm
todos antecedentes criminais.
A
GNR vai continuar, de acordo com o comandante do Destacamento de Coimbra, as
investigações, no sentido de averiguar o possível envolvimento deste trio
noutros assaltos, além da tentativa efectuada em Chelo, a começar pelo da
Rebordosa, e outras situações de furto de máquinas de tabaco verificadas na
região.
Manuela Ventura - Diário de Coimbra