Últimas Notícias

ESTRELA DE ALVA - Incêndio deixou moradia inabitável


O neto da proprietária acordou em sobressalto, já com a casa tomada pelas chamas. Dado o alerta, ontem às 8h40, os Bombeiros Voluntários de Penacova imediatamente seguiram para a aldeia de Estrela de Alva, S. Paio de Mondego, onde deflagrou o incêndio. O regresso ao quartel só aconteceu por volta das 15h00.

Uma operação delicada e morosa, não tanto pelo combate às chamas que, de resto, foi rápido, mas pela dificuldade das «operações de rescaldo e consolidação», explica António Simões, comandante dos Voluntários de Penacova, que superintendeu o combate.

A moradia unifamilair, com rés-do-chão, primeiro e segundo andar, ficou «inabitável», refere aquele responsável, que sublinha os prejuízos, particularmente ao nível dos dois pisos superiores. O próprio telhado da casa desabou na sequência do incêndio.

Desconhece-se a origem das chamas, mas é provável que tenham começado num quarto, num dos andares superiores, uma vez que o piso térreo foi o menos atingido. Segundo António Simões, o neto da proprietária – que se encontra num lar – teria ido passar um fim-de-semana, como habitualmente faz, à casa da família. «Quando acordou, a casa estava tomada pelas chamas». O facto de ser uma habitação com muitos vigamentos em madeira, soalhos e alcatifas e com todo o recheio «de uma vida», facilitou a propagação das chamas e dificultou a acção dos bombeiros, que também se viram confrontados com a grande dimensão da habitação, o que “obrigou” à presença da auto-escada dos Sapadores de Coimbra.

«A grande área, a carga térmica e do combustível no interior da habitação» constituíram, no entender do comandante Simões, as maiores dificuldades encontradas pelos bombeiros. De resto, foi necessário accionar, além da autoescada dos Sapadores, uma viatura dos Bombeiros de Condeixa que permitiu “reabastecer” as garrafas de apoio respiratório usadas pelos bombeiros no combate às chamas.

O facto de não existirem casas próximas foi o elemento positivo da operação, que envolveu 50 bombeiros e 14 viaturas, de Penacova, Arganil, Condeixa e Sapadores de Coimbra. Ontem à tarde os Bombeiros de Penacova regressaram a Estrela de Alva e hoje voltam à casa, de forma a garantir que não há reacendimentos.

Apesar da moradia ter ficado inabitável, não existem desalojados, pois trata-se da segunda casa da família, residente em Coimbra, habitualmente só usada aos fins-de-semana ou em férias.