SÃO PEDRO DE ALVA celebrou os 50 anos da sua Filarmónica
Mais uma vez S. Pedro de Alva e a sua comunidade souberam estar
presentes em mais uma iniciativa que enriquece o seu nome e a sua identidade.
Desta vez, a par de tantas outras, foi a celebração dos 50 anos de existência
da Filarmónica da Casa do Povo, instituição, aliás, que é o ninho das
colectividades recreativas e culturais da terra.
O programa, que se desenrolou na tarde
do passado sábado, dia 26, teve a enriquecê-lo as presenças das Filarmónicas de
Côja, formada por 55 elementos, sob a regência de Daniel Gonçalves e que conta
148 anos; a Filarmónica de S. João de Areias, com 68 elementos, regida por
Pedro Carvalho, tem 140 anos; e a de S. Pedro de Alva, que possui 35 elementos,
tem agora como maestro Jorge Oliveira, depois de Justino Martinho, devido a
deveres profissionais, ter sido obrigado a deixar a banda que durante 22 anos
ajudou a desenvolver até hoje; e uma das metas a atingir pelo novo maestro é
reavivar a escola de música.
Após as três bandas terem percorrido as
ruas principais da sede das terras da Casconha, decorreu uma sessão solene no
salão nobre da Casa do Povo, durante a qual não só se fizerem troca de lembranças,
como alguns oradores usaram da palavra.
Zé
Eduardo…o «maior»…
E foi o presidente da Casa do Povo,
Bruno Trindade, a falar do início das celebrações dos 50 anos da «nossa
filarmónica», que são também «50 anos de história, de alegrias, de tristezas,
dificuldades, muitas amizades e também muitos quilómetros percorridos», tendo a
certeza de ter «levado o nome desta Casa, desta freguesia e deste concelho mais
além». Reconhecendo que «uma filarmónica é muito mais que uma escola de música
é uma escola de cidadania, onde crianças, jovens e mesmo adultos aprendem a
estar e a conviver, onde ocupam de uma forma saudável os seus tempos livres»,
Bruno Trindade, recordando que sendo as pessoas que dinamizam as instituições,
«que as projecta no futuro e as faz perdurar no tempo», felicitou o grande
obreiro dessa dinamização, «o meu amigo Zé Eduardo», agradecendo-lhe o «excelente
trabalho que está a desenvolver», não esquecendo o maestro e todos os
executantes, para quem deixou o seu reconhecimento. Estando na presença da
Filarmónica da sua terra – Côja – da qual também foi executante, agradeceu a
sua presença e também a de S. João de Areias.
Os presidentes das duas filarmónicas
convidadas usaram da palavra: Sílvia Tavares, por Côja, falou do projecto de
seis anos que está a ser desenvolvido na sua banda, tendo como meta a formação,
e dizendo que «ser filarmónico não é para todos», já Vítor Borges, da banda de
S. João de Areias, sentia-se feliz por participar em tão importante data de uma
instituição como a Filarmónica de S. Pedro de Alva.
Já que o presidente não estava em
condições de falar, por estar afónico, foi António Catela a deixar palavras e
boas-vindas em nome da União das Freguesias de S. Pedro de Alva e S. Paio do
Mondego, a sentir-se regozijado por ver tanta juventude integrada nas filarmónicas,
não deixando de recordar aqueles que durante estes 50 anos passaram pela
Filarmónica, pediu empenhamento de todos e com o apoio da União de Freguesias
«temos todos que a levantar, dar apoio, fazê-la erguer, subir para patamares
maiores».
Criado
o ensino musical na escola
Por parte do Município de Penacova,
foi o seu vice-presidente, Dr. João Azadinho a realçar as condições que a Casa
do Povo possui para que estas e outras iniciativas se façam, falou da bonita
idade que a Filarmónica está a viver, que seja um ano de fazer balanço; e sobre
apoios, disse que, sabendo-se das dificuldades, a Câmara estará sempre atenta
e deixou a nota de que, na Escola Básica de S. Pedro de Alva, foi articulado ao
ensino a parte musical, que será pretexto para que novos elementos saiam dali
com conhecimentos, enriquecendo-os cada vez mais, e possam desenvolvê-los
noutros espaços. Por isso, como disse João Azadinho, espera que este projecto
vá em frente.
A celebração dos 50 anos da Filarmónica
da Casa do Povo de S. Pedro de Alva foi concluída com um convívio gastronómica,
seguido de concerto do qual foram protagonistas as três bandas, concerto que
ficará para a história, dada a sua grande valia e qualidade.

