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FUTEBOL - Empate entre União F. C. e Eirense antecipa a época de saldos




O futebol é fértil em “histórias e aventuras” e, ontem, no Campo da Feira Nova, o “desporto-rei” pareceu ter entrado em época de saldos tal a mediocridade dentro das quatro linhas. O Eirense foi, no entanto, a equipa que produziu as melhores jogadas nos primeiros 35’, mas insuficientes para despertar o União FC da melancolia que, só após a entrada de Iuri, antigo atleta da formação de Eiras, acordou de um pesadelo que parecia não ter fim. Aos 4’ o avançado Rui, que saltou mais alto com a cabeça do que o guarda-redes Gonçalo com as mãos, endossou a bola a Teles para provocar soberana situação de golo, mas o remate foi travado com o corpo de um defesa.

Foram necessários mais 21 minutos para que a emoção voltasse a despertar os sentidos do público, quando Gonçalo Estanqueiro surgiu numa posição privilegiada para inaugurar o marcador, mas o guarda redes Gonçalo fechou a sua baliza a “cadeado” ao voar aos pés do avançado do conjunto de Eiras.

Face à prisão de movimentos em que se encontrava a sua equipa, o treinador Cláudio Garcia fez entrar Iuri para o lugar de Rube, aos 35’ e, nos minutos seguintes, o União FC chegou finalmente com perigo à baliza contrária.

Rebelo imperial

Primeiro foi Reinaldo a rematar na direita para a entrada de Lucas, mas a bola foi desviada em último esforço para defensiva “azul-e-branca” para canto. Logo a seguir foi a vez de Jocy, sem marcação e já no interior da área, a rematar por cima. Em apenas dois minutos, os unionistas fizeram mais do que em 35. Elucidativo!

No reatamento, o União FC respondeu de forma cabal às exigências e, ainda não estava esgotado o primeiro minuto, e já Jersey festejava o golo inaugural, após uma jogada iniciada na direita, com Jocy, à saída do desamparado Marco Santos, a endossar a bola para o companheiro encostar.

O União FC acreditou ser possível amealhar três preciosos pontos ao seu pecúlio, mas pela frente encontrou um defesa-lateral direito como o mais inconformado da equipa liderada por Tó Miranda. O ainda júnior Rebelo, formado nas escolas do Eirense, foi uma peça fundamental no eixo defensivo para aniquilar as investidas unionistas, revelando muita atitude e forte vontade de vencer.

A abnegação de Rebelo acabou por ser o tónico para que a sua equipa pudesse, pelo menos, alcançar o empate, tirando partido de algum adormecimento dos visitados no miolo e com incríveis falhas de marcação no centro da sua defesa. E foi num lance de insistência que o Eirense anulou a vantagem do adversário, por Gonçalo Estanqueiro, aos 71’, depois de fugir à vigilância de um defesa e, à entrada da pequena área, introduziu a bola no interior da baliza de Gonçalo.

Os unionistas criaram duas situações de golo no final do jogo mas ficou-se pelas intenções. A repartição de pontos é o resultado justo pela mediocridade do futebol produzido. Arbitragem positiva.