CCDRC - Boletim analisa a evolução conjuntural da Região Centro no terceiro trimestre de 2015
O Produto Interno Bruto nacional aumentou 1,4%, em termos homólogos,
crescimento inferior ao ocorrido no trimestre anterior e que reflete a
desaceleração da procura interna e externa. As exportações e as importações de
bens e serviços também cresceram menos do que nos restantes trimestres do ano
(3,9% e 4,9%, respetivamente). Mantiveram-se os sinais de retoma do mercado de
trabalho, com a taxa de desemprego nacional a fixar-se em 11,9%. Já o nível
geral de preços aumentou. As expectativas dos consumidores e a confiança dos
empresários também melhoraram neste trimestre.
O mercado de trabalho da Região Centro registou, em termos homólogos, uma
quebra significativa do desemprego e um ligeiro aumento da população empregada.
A taxa de desemprego regional era de 8,2% e a de emprego 54,4%, neste
trimestre, colocando o Centro como a região com menor taxa de desemprego e
maior taxa de emprego no país. Simultaneamente, a população ativa continuou a
diminuir e a inativa a aumentar. Também os custos do trabalho, aferidos em
termos reais, superaram os do trimestre homólogo.
O setor empresarial mantém os sinais de dificuldades dos trimestres
anteriores. Assistiu-se na Região Centro, ao aumento da constituição de
empresas face a igual período do ano anterior, tendo, contudo, aumentado também
as ações de insolvência. Continuam evidentes os problemas financeiros do setor
empresarial, traduzidos pelo grau de incumprimento das empresas, que voltou a
atingir máximos históricos, e pela diminuição dos empréstimos concedidos pelo
setor financeiro. O ramo da construção manteve a tendência recessiva que tem
marcado os últimos anos, tendo-se observado a deterioração de quase todos os
indicadores quer de licenciamento como de obras concluídas. Relativamente às
relações comerciais da região com o mercado externo, observou-se um crescimento
homólogo das exportações e das importações de bens.
Até ao final de setembro de 2015, estavam aprovados 6,3 mil milhões de
euros de fundos comunitários FEDER, FSE e Fundo de Coesão, no âmbito do QREN,
para cofinanciar projetos com um investimento previsto na região de 10,5
milhões de euros. No Programa Operacional Regional Mais Centro, a aprovação de
4.376 projetos envolvia uma comparticipação de FEDER de 1,8 mil milhões de
euros, o que reflete uma gestão do overbooking. A taxa de execução do Mais
Centro era, nesta data, de 93,5%.
Taxa de execução e taxa de pagamento das candidaturas por Programa
Operacional
(30 de setembro de 2015)
Simultaneamente, foram já apresentadas ao Centro 2020, o novo Programa
Operacional Regional para o período 2014-2020, um total de 2.961 candidaturas
até ao final de setembro, tendo sido aprovadas 499. Já abriram até esta data,
46 concursos, envolvendo 251 milhões de euros de fundos comunitários (cerca de
11,6% da dotação total, que é de 2.155 milhões de euros).