PROTEÇÃO CIVIL - Ano muito positivo no combate aos incêndios florestais
Durante todo o ano de 2015, foram
consumidos pelas chamas, 1.736, 8 hectares de mato e floresta no distrito de
Coimbra, segundo os resultados finais divulgados pelo Comando Distrital de
Operações de Socorro de Coimbra.
Trata-se, portanto, de «um ano
extremamente positivo, o que é comprovado pelos resultados», disse ao Diário de
Coimbra o Comandante Operacional Distrital (CODIS), Carlos Luís Tavares,
salientando que «houve um número elevado de ignições (624)», muitas das quais
«resolvemos logo na fase inicial.
O CODIS de Coimbra frisou que
«1.700 hectares ardidos, em termos globais é muito pouca área ardida». «Basta
um fogo na Pampilhosa da Serra correr mal, por exemplo», disse, elogiando o
trabalho realizado pelo dispositivo montado no distrito.
Em termos comparativos, basta
referir que em 2014 arderam 1.300 hectares, mas o número de ignições foi de
apenas 205.
Fazendo o balanço anual em termos
da campanha de combate aos fogos florestais, Carlos Luís Tavares frisou que os
resultados «demonstram o trabalho dos bombeiros do distrito de Coimbra, bem
como de todo o dispositivo», sublinhando ainda a boa articulação entre todas as
entidades, onde se incluem os GIPS da GNR, sapadores florestais e Afocelca, bem
como dos três helicópteros.
Destaca ainda o contributo da
antecipação da chamada de meios aéreos pesados para minorar os efeitos das
chamas nos grandes incêndios de Miranda do Corvo, Coimbra e Penacova.
O fogo que lavrou em Agosto em
Miranda, nomeadamente na zona de Semide e Segade, foi o maior do ano,
contribuindo para que no concelho tenham sido registados 743,2 hectares de
floresta destruídos.
Em Coimbra, contando o incêndio
de Almalaguês, ficaram queimados 274,8 hectares, enquanto que em Penacova, com
vários fogos no mesmo dia na zona da Atalhada, o saldo final foi 262,3
hectares.
O concelho de Arganil, com um
grande fogo em Pombeiro da Beira, logo em Junho, foi o quarto mais ardido do
distrito, com 198,2 hectares. Um dado interessante da estatística é o facto de
se terem verificado 110 falsos alarmes, cerca de um sexto, uma situação que,
segundo Carlos Tavares, «por vezes tem a ver com avistamentos de colunas de
fumo que depois se confirma não se tratar de incêndios», mas também por causa
de chamadas telefónicas feitas por pessoas menos bem intencionadas.
As estatísticas do CDOS revelam
ainda a ocorrência, durante o ano, de 331 incêndios urbanos, com especial
destaque para os concelhos mais povoados, especialmente Coimbra, que teve 110
ignições. Carlos Luís Tavares explicou que estas ignições, a maior parte das
quais são de pouca monta, ocorre nos meses mais frios e decorre muitas vezes
dos sistemas de aquecimento, pelo que apelou à tomada de cuidados, como a
limpeza de chaminés.