ESTRATÉGIA - Penacova avança no Turismo de Natureza
Humberto Oliveira, presidente do município de
Penacova, assinou recentemente o contrato que visa, juntamente com os
municípios da Mealhada e de Mortágua, bem como com a Fundação Mata do Buçaco,
todos representantes do território da Serra do Buçaco, desenvolver o consórcio
que iniciou já a sua ação através da candidatura a iniciativas que visam o
reforço da estratégia intermunicipal de desenvolvimento da Serra do Buçaco nas
vertentes natural e cultural.
O contrato de consórcio assinado este sábado
por Humberto Oliveira, no auditório da Moagem - Cidade do Engenho e das Artes
no Fundão, tem por base a Estratégia de Eficiência Coletiva PROVERE iNature -
turismo sustentável em áreas classificadas, apoiando-se no planeamento e gestão
da Serra do Buçaco enquanto destino turístico, centrado na temática do turismo
de natureza, partindo de uma abordagem sustentável ao uso dos recursos
endógenos e assente num trabalho de envolvimento dos agentes locais. Do consórcio
fazem parte as áreas classificadas da Serra da Estrela, Tejo, Gardunha,
Malcata, Côa, Buçaco, Açor, Vouga-caramulo, Sicó-Alvaiázere, Aire e Candeeiros.
De acordo com Humberto Oliveira, “há um bem com
valor de património natural da Região Centro, que é comum, e que importa
preservar, dinamizar e impulsionar com sustentabilidade, encarando-o enquanto
oferta integrada com potencial para o desenvolvimento e consolidação do produto
Turismo de Natureza”. Com este avanço, o município de Penacova realça uma vez mais
o potencial da natureza como eixo de diferenciação entre territórios e gerador
de uma nova economia sustentável voltada para o desporto, o lazer, a cultura, o
turismo e a qualidade de vida.
O enquadramento estratégico que o produto
Turismo de Natureza assume no âmbito dos principais contextos de intervenção no
domínio do turismo, conforme detalhado, entre outros, no Plano Estratégico
Nacional do Turismo, no Plano de Ação para o Desenvolvimento do Turismo em
Portugal 2020 e no Plano de Marketing do Turismo do Centro de Portugal.
De acordo com o contrato do consórcio, são
levados em conta os efeitos que um processo de valorização sustentável do
património natural das áreas classificadas pode exercer para a dinamização do
tecido socioeconómico dos respetivos territórios de influência, atuando na
mitigação dos efeitos que se fazem sentir de forma transversal a este
território, que se insere de forma global no mapa dos Territórios de Muito
Baixa Densidade, nos domínios demográfico, económico e social.
Os Programas de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE), inseridos nas Estratégias de Valorização Económica de Base Territorial, são instrumentos especificamente destinados aos territórios com menores oportunidades de desenvolvimento por causa de uma baixa densidade – populacional, institucional, de atividade económica, etc. – pretendendo estimular iniciativas dos agentes económicos orientadas para a melhoria da competitividade territorial de áreas de baixa densidade que visem dar valor económico a recursos endógenos e tendencialmente inimitáveis do território: recursos naturais, património histórico, saberes tradicionais, entre outros.
Estes instrumentos, permitem concretizar programas de ação, construídos em parceria e enquadrados em estratégias de desenvolvimento de médio e longo prazo, que contribuam de forma decisiva para o reforço da base económica e para o aumento da atratividade dos territórios-alvo.
