EXPOSIÇÃO - Meios da Protecção Civil Distrital mostram-se até domingo em Cantanhede
Numa nova estratégia
nacional para a Protecção Civil, as câmaras vão passar a ter competências nesta
área, havendo um coordenador municipal e um Centro de Protecção Civil, sendo que
nas juntas de freguesia serão criadas unidades locais.
Esta novidade foi dada a
conhecer ontem pelo secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes,
na inauguração, no Parque Urbano da Quinta de S. Mateus, da exposição de meios
e agentes, que integra a Semana da Protecção Civil distrital, este ano acolhida
por Cantanhede.
O governante salientou que
se trata de uma estratégia nacional visando a Protecção Civil preventiva, plano
que foi apresentado no dia 1 de Março. Este novo paradigma, que será
desenvolvido durante «os próximos anos», implica uma descentralização de
competências para as autarquias, «em complemento» do trabalho realizado ao
nível central.
As Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia, entre outras funções, vão ter a capacidade de tomar medidas preventivas de catástrofes e outros eventos e acidentes, tendo o conjunto da Protecção Civil o objectivo final de «criar um sistema mais equilibrado».
Com meios dos bombeiros, GNR,
Exército, Marinha, Afocelca, Infraestruturas de Portugal, entre outras, em
exposição pelos hectares do Parque Urbano, o edil de Cantanhede, enfatizou que,
«o carácter distrital desta exposição é uma boa forma de comemorar os 10 anos
de organização da Semana Municipal da Protecção Civil, iniciativa que o Serviço
Municipal de Cantanhede tem vindo a desenvolver com assinalável envolvimento de
várias entidades, sendo de destacar a forte participação das instituições educativas
de diferentes graus de ensino».
João Moura, que teceu
várias considerações, deixou claro, no seu discurso, que «faz sentido referir o
facto de os Bombeiros Voluntários terem uma função absolutamente crucial no
funcionamento do Sistema Municipal de Protecção Civil», salientando que, da
parte da Câmara Municipal há, como sempre houve, grande disponibilidade para se
assumir como parceiro da instituição na modernização dos meios operacionais, o
que de resto está demonstrado no financiamento da aquisição de diversos tipos
de equipamentos, para além de outros importantes apoios».
Aliás, lembrando a
intenção de transferência de competências para as câmaras, o autarca defendeu
que «é necessário haver, da parte da Administração Central, uma maior
participação na modernização dos equipamentos dos Bombeiros Voluntários»
José Carlos Salgueiro - Diário de Coimbra
