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REGIÃO COIMBRA - Quatro milhões de euros para modernização administrativa



A Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC) conta, nos próximos dois anos, ter os 19 municípios da região com idêntico nível de equipamento tecnológico, seja em hardware, seja em software. O apetrechamento dos municípios, entre os quais o de Penacova, vai ser possível no âmbito do projecto Região de Coimbra 2.X, ontem apresentado na sede da CIM-RC, e que visa, antes de mais, a coesão social da região.

«O objectivo é criar mais coesão social e atingir elevados níveis de eficiência e eficácia», resumiu João Ataíde, presidente da CIM-RC, informando que o projecto, além de colocar todos os municípios no mesmo patamar ao nível tecnológico, vai incluir a criação de uma plataforma intermunicipal à qual cada um pode aceder, numa lógica de partilha de recursos

«Com esta engenharia temos um modelo de melhor gestão, de garantia de continuidade das nossas políticas e práticas que definimos», explicou ainda João Ataíde.

O projecto Região de Coimbra 2.X prevê um investimento superior a quatro milhões de euros, co-financiado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER. Concretamente, tem um valor elegível comparticipado na ordem dos 4 milhões e 120 mil euros e uma taxa de comparticipação do FEDER de 85%, correspondente a três milhões e meio de euros.

Em termos de objectivos, a competitividade é um deles, afirmando a região e desenvolvendo condições que aumentem a competitividade e atractividade tanto de particulares como empresas. Pretende-se igualmente, segundo a CIM-RC, maior coesão territorial e inclusão social, a eficiência e eficácia através da normalização e optimização da oferta de serviços, procedimentos e recursos associados, bem como a inovação e tecnologia através das mais modernas soluções.

«O relacionamento entre os munícipes e a administração após este projecto vai ser completamente diferente», garantiu ontem Jorge Brito, secretário executivo da CIM-RC.

«Modernização é prepararmo-nos para o futuro», anotou José Carlos Alexandrino, vice-presidente da comunidade intermunicipal, admitindo que nesta altura há ainda municípios que «estão numa fase muito primária da modernização administrativa, outros já nem usam papel», mas o objectivo final é a «normalização entre as câmaras municipais». «Que qualquer cidadão não precise de se deslocar para um licenciamento ou uma reclamação, porque está tudo centralizado nesta plataforma», desejou.


Margarida Alvarinhas – Diário de Coimbra