REGIÃO DE COIMBRA - Atribuídos 900 mil euros para defesa da floresta
João Ataíde das Neves
anunciou ontem em Coimbra a atribuição de 900 mil euros aos municípios de
Penacova, Lousã, Mira, Miranda do Corvo e Pampilhosa da Serra para
instalação de “redes de defesa da floresta contra incêndios” em terrenos não
privados na área da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra. 
Em concreto, segundo o
presidente da CIM Região de Coimbra, a verba, proveniente do Programa
Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), no
âmbito do Portugal 2020, destina-se à implementação de meios de defesa da floresta
em terrenos da responsabilidade das autarquias (câmaras municipais e juntas de
freguesia). 
A medida visa a limpeza de
caminhos, acessibilidades às estradas principais e ainda pontos de
abastecimento de água, explicou o responsável pela CIM Região de Coimbra.
Segundo João Ataíde das Neves, a medida destina-se a execução imediata de modo
a estar concluída no designado período crítico dos incêndios florestais, nos
próximos meses. 
Recorde-se que o projecto,
da CIM Região de Coimbra, prevê a abertura de mais de 250 hectares de rede
primária de faixas de gestão de combustível, a abertura de 31 hectares de
faixas de rede secundária e a beneficiação de 63 quilómetros de rede viária
florestal. 
Trata-se de uma área geográfica
com elevada exposição a intempéries naturais, como os fogos florestais, cheias,
geadas, neve e granizo, segundo Jorge Brito, secretário executivo da Comunidade
Intermunicipal da Região de Coimbra. 
As intervenções de natureza
física serão da responsabilidade de cada um dos municípios beneficiários,
assumindo a CIM Região de Coimbra o necessário acompanhamento, coordenação e
monitorização da implementação da operação. 
No mínimo, a comparticipação
comunitária é de 85% mas todos os pedidos de pagamento submetidos durante o
corrente ano terão uma majoração da taxa para 95%. 
A CIM Região de Coimbra
pretende assegurar um «reforço da
instalação da rede de defesa da floresta contra incêndios, através da
diminuição da carga e da continuidade de combustíveis nas áreas prioritárias
definidas, de forma a aumentar as possibilidades de êxito das acções de
supressão e a diminuir os riscos pessoais dos combatentes e das populações»,
com redução da superfície percorrida pelos fogos. 
A CIM quer também «contribuir para o aumento da viabilidade
dos investimentos e dos povoamentos florestais privados» nos diversos
espaços de valor ambiental paisagístico e patrimonial, segundo João Ataíde das
Neves. 
A apresentação da Rede de
Defesa da Floresta Contra Incêndios decorreu nas instalações da CIM Região de
Coimbra, na Rua do Brasil.
José João Ribeiro –
Diário de Coimbra
 

 
 
 
 
 
 
 
 
