SAÚDE - Penacova aderiu ao Programa Regional de Promoção de Alimentação Saudável
A Câmara Municipal de Penacova foi a primeira a aderir ao Programa Regional de Promoção da Alimentação Saudável, no passado mês de Outubro. Ontem, mais sete autarquias assinaram o protocolo de cooperação com a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), comprometendo-se a pôr em marcha, junto dos seus municípios uma série de projectos que visam sensibilizar para uma alimentação mais saudável.
Oliveira do Bairro,
Belmonte, Covilhã, Fundão, Vila de Rei, Proença-a-Nova e Oleiros assinaram um
protocolo que, em breve, será também firmado com as autarquias de
Montemor-o-Velho e Estarreja - que não puderam estar representadas na
cerimónia.
José Tereso mostrou-se satisfeito
por o seu último acto público enquanto presidente da ARSC (ver também caixa)
estar relacionado com a promoção da saúde e com uma estratégia iniciada há mais
de uma década na região, com provas dadas, resultados e até prémios
internacionais alcançados (Nutricion Awards). «É um privilégio, esta última cerimónia enquadrar aquilo que foi um dos
nossos grandes objectivos em termos de saúde pública», declarou.
Em causa está a estratégia
“minorsal.saúde”, que visa baixar as taxas de mortalidade por doenças cardio e
cerebrovasculares na região Centro até 2020, alicerçando os projectos “pão.come”
(de redução de sal no pão com a cooperação da Associação do Comércio e da
Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares) e “sopa.come” (que visa
reduzir o sal nas sopas, nomeadamente de escolas e instituições públicas). São
ainda abrangidos no protocolo firmado com as câmaras os mais recentes projectos
“vending. saude”, para melhorar a oferta alimentar das máquinas automáticas, e
“tãodoce.não”, que intervém junto de indústrias de pastelaria e similares para
reduzir os açúcares de absorção rápida.
Ilídia Duarte, coordenadora
do Programa Regional de Promoção da Alimentação Saudável, lembrou que nem
sempre é fácil alocar verbas à prevenção e reconheceu o esforço que tem sido
feito pela ARSC. «Só no âmbito do “pão.come” e “sopa. come” foram feitas 14 mil
análises, uma despesa considerável», referiu.
A responsável lembrou que «70% das determinantes da saúde estão fora
da saúde» e que para intervir é necessário ligar serviços de saúde pública,
autarquias, empresas, sociedade civil e sociedades científicas. O programa que
coordena articula-se com os programas regionais da diabetes, saúde escolar e
promoção da actividade fí- sica, aliados nos objectivos de maior saúde.
José
Tereso quer apoiar “pro bono” municípios afectados pelos incêndios
José Tereso reiterou ontem
que, aposentado, estará disponível para, com o seu «conhecimento do terreno», ajudar os municípios que este ano foram
afectados pelos incêndios. Aos jornalistas, o presidente da ARSC, explicou que
a ideia é «visitar os locais e perceber
as necessidades e o que falta fazer em termos de saúde em prol das comunidades
e servir de elo de ligação». O médico que hoje cessa funções diz que
corresponde, assim, a um desafio deixado pelo próprio ministro da Saúde. A
delegação de Cantanhede da Fundação Portuguesa de Cardiologia e a Associação de
Desenvolvimento Progresso e Vida da Tocha são outros projectos a que pretende
dedicar parte do tempo livre.
Andrea
Trindade – Diário de Coimbra

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