SOLIDARIEDADE - Recolha de alimentos superou expectativas
Até às 19h00 de ontem, o armazém de Coimbra do Banco Alimentar Contra a Fome tinha recolhido 66 toneladas de alimentos, dados que, segundo indicação de José Santos Andrade, apontavam para uma subida relativamente à recolha de Dezembro de 2016.
Conforme recorda o
responsável, o ano passado foram recolhidas cerca de 90 toneladas nos
estabelecimentos comerciais do distrito. As contas finais só estariam fechadas
à 1h00 da madrugada, mas, segundo José Santos Andrade, os indicadores anteviam
uma subida, o que surpreende o presidente do Banco Alimentar Contra a Fome de
Coimbra.
«Depois de tudo o que os portugueses já passaram este ano, com os
incêndios, tantas desgraças, tantos apelos à solidariedade», José Santos
Andrade elogia a generosidade que a população voltou a demonstrar nesta recolha
de três dias, que, no distrito de Coimbra, mobilizou cerca de 2500 voluntários
e que vai permitir que o Banco Alimentar apoie de forma regular 70 instituições,
mais 90, quando há disponibilidade de bens alimentares.
A nível nacional, os
portugueses doaram mais de mil toneladas de alimentos só nos primeiros dois
dias da campanha do Banco Alimentar, cuja recolha terminou ontem, disse à Lusa
a presidente da instituição Isabel Jonet.
Estiveram em acção cerca de
42 mil voluntários, desde os que estão nos supermercados até aos dos armazéns,
passando pelos que colaboraram na triagem e no transporte, a pensar nas 420 mil
pessoas que serão apoiadas através de 2.645 instituições de solidariedade
social.
Isabel Jonet explicou que, “hoje, são distribuídos, em primeiro lugar,
os produtos frescos» - desde frangos, legumes, frutas e pão - e que, a
partir de amanhã, é retomado o ritmo regular de entregas diárias, ou seja, «mais de 105 toneladas de alimentos todos os
dias» nos 21 Bancos Alimentares do país.
Na recolha de alimentos
feita antes do Natal do ano passado, foram doadas mais de duas mil toneladas de
alimentos e na última campanha, realizada em Maio, foram recolhidas mais de
1800 toneladas.
«É muito importante não nos esquecermos que, no diaa-dia, ainda há
pessoas que precisam de ajuda para comer», afirmou a presidente da
Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet.

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