VOLUNTARIADO - Bombeiros de Penacova vão buscar forças à fé


As marcas profundas deixadas pelos incêndios de outubro de 2017, ou mais recentemente pela explosão de pirotecnia de Gondelim, em Abril, não desaparecem facilmente mas vão sendo ultrapassadas em momentos de união e solidariedade e de fé. Sabendo disso, os Bombeiros Voluntários de Penacova pediram ontem a bênção dos capacetes, em cerimónia religiosa pública, em que puderam «sentir a solidariedade entre todos os penacovenses», muitos deles afetados diretamente pelas tragédias.




Perante cerca de 70 bombeiros perfilados no largo do terreiro, frente à Câmara Municipal, o vigário geral da Diocese de Coimbra, Pedro Lopes Miranda, lançou as graças de Deus a homens e mulheres «que se entregam generosamente aos serviços dos irmãos». Com votos de que as «providências de Deus protejam todos os trabalhos da corporação de bombeiros», o sacerdote pediria antes, durante a missa, que aos soldados da paz «fossem concedidas as disposições de espírito necessárias ao cumprimento da missão».

Uma missão que, como se constatou em pleno momento solene, não é fácil, com os bombeiros a terem de sair em urgência para socorro de um acidente (ver texto nesta página). Lidam, pois, com o imprevisto, geralmente trágico, e o momento de bênção dos capacetes procurou ser «um momento simples, de reflexão», observa o comandante António Simões, ao sentir que é mais um acto que procura dar força, «sobretudo depois das ocorrências graves de outubro» e também de Gondelim (uma morte e cerca de 30 feridos numa explosão).

Tratou-se também, como diz a corporação em mensagem no Facebook, de «um acto de fé e de esperança num futuro mais tranquilo»





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