MANIFESTA'18 - Economia Social representa 5,5% do emprego em Portugal
«Há (em Portugal)
mais de 55 mil entidades de economia social que representam 5,5% do emprego
remunerado», disse ontem o presidente do Instituto da Segurança Social,
para quem a grandeza destes números só pode significar mais apoio do Estado. «O Estado reconhece o quanto as entidades de
economia local contribuem para a melhoria das condições de vida da população em
geral e dos grupos mais fragilizados em particular», afirmou ontem Rui
Fiolhais, considerando igualmente relevante o papel destas instituições na «capacitação de recursos», na «criação de riqueza» e «criação de emprego».
Rui Fiolhais, que falava na sessão de abertura do XII MANI-Festa, que decorre
até amanhã em Penacova, garantiu por isso que o apoio do Estado às instituições
de economia social vai continuai: «O
Estado não deixará de apoiar de forma firme e determinada as instituições de
desenvolvimento social, nomeadamente nos transportes, na modernização,
recuperação e reforço da sua actividade», garantiu o responsável máximo da
Segurança social, que ontem esteve em representação do ministro do Trabalho,
Solidariedade. Num encontro que pretendeu o debate e análise do desenvolvimento
local, Rui Fiolhais também falou dos «constrangimentos»
de uma região envelhecida como a do Pinhal Interior onde há «254 idosos por cada 100 jovens e as
dificuldades acrescidas de uma morfologia territorial que não ajuda à fixação
dos factores de bem-estar social».
“Desenvolvimento
é acção local" é o tema desta XII MANIFesta -
Assembleia, Feira e Festa do Desenvolvimento Local e da Economia Social e
Solidária. O evento, que conta com o alto patrocínio do Presidente da República,
é promovido pela Animar - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local e
pelo município de Penacova. «Que seja
uma jornada que permita compreender o território e lançar pistas e bases para o
seu desenvolvimento», desejou o presidente da Câmara de Penacova, Humberto
Oliveira, na abertura dos trabalhos, destacando que Penacova e toda a região
sofre da «falta de gente», uma
fragilidade que urge combater. E lembrou que entre os Censos de 2001 e os de
2011, o município perdeu 1.000 pessoas e esse número deverá repetir--se de 2011
para 2021 «Em 20 anos perderemos cerca
de 2000 pessoas e julgo que é importante reflectir sobre isso e lançar pistas»,
afirmou.
O MANIFesta prosseguiu hoje na Biblioteca Municipal pelas 10h00, com o painel "Contributo do Ecoturismo para o Desenvolvimento Rural", com
Carlos Lopes, do Politécnico de Coimbra, seguindo-se a apresentação dos "Resultados do processo de animação territorial
perspectivas de futuro”, com Victor Andrade da Animar. "Valorizar os territórios oportunidades e
desafios" é tema do painel da tarte. com Helena Freitas, Muno Formigo
e Luísa Seixas das universidades Coimbra, Porto e Nova de Lisboa.
Margarida Alvarinhas - Diário de Coimbra

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