INVESTIMENTO - Infraestruturas de Portugal garante a utentes do IP3 que obras começam em maio
A Infraestruturas
de Portugal garantiu ontem que as obras de requalificação do Itinerário
Principal 3 (IP3), que faz a ligação entre Coimbra e Viseu, começam em maio,
disse um responsável da Associação de Utentes e Sobreviventes daquela via.
Os elementos
da Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 que ontem reuniram com
responsáveis da Infraestruturas de Portugal conseguiram garantias de que as
obras de requalificação da apelidada “estrada da morte” vão avançar. No final
do encontro, Álvaro Miranda, da associação de utentes, adiantou que a
Infraestruturas de Portugal assumiu compromissos e deu respostas e muitas das
dúvidas e interrogações colocadas na reunião.
O facto de
três meses após a assinatura do contrato para a requalificação do IP3, entre o
Nó de Penacova e o Nó da Lagoa Azul, não ter havido mais nenhuma informação
sobre o avanço da obra, que irá requalificar um troço de 16 quilómetros daquele
itinerário principal, levou a associação a solicitar a reunião à
Infraestruturas de Portugal. Mas, para além de querer saber quando se iniciam
as obras, a associação pretendia também conhecer em pormenor o projeto e os
prazos de execução da empreitada.
A Associação
de Utentes e Sobreviventes do IP3, que defende a requalificação total daquele
itinerário principal, afirmava-se também apreensiva quanto “aos graus de
inclinação da via, à forma com irão ser requalificados os nós de acesso às
povoações e à necessidade de caminhos paralelos, para que as populações se
possam deslocar em segurança, nomeadamente na realização das tarefas
agrícolas”.
Processo ainda no Tribunal de Contas
Durante a
reunião, referiu Álvaro Miranda, os responsáveis da Infraestruturas de Portugal
indicaram que o contrato para a requalificação do troço indicado “está em final
de apreciação pelo Tribunal de Contas”, pelo que, se o parecer foi positivo,
como se espera, “as obras poderão iniciar-se muito em breve, talvez ainda no
mês de maio”. No encontro, os elementos da associação puderam verificar também,
nos documentos que lhes foram apresentados, os nós de acesso às povoações
previstos no projeto da obra, bem como os caminhos paralelos e as passagens
desniveladas.
Esta
empreitada contratada integra o projeto de requalificação integral do IP3 ao
longo de uma extensão de 75 quilómetros, entre o nó de Souselas em Coimbra e o
nó de Viseu com a A25, envolvendo um investimento estimado de 134 milhões de
euros, que será desenvolvido de forma faseada pela Infraestruturas de Portugal.
Obra dos taludes vai continuar
Por outro
lado, a empresa que estava a efetuar a reparação dos taludes na zona de
Penacova, acabou por retirar o estaleiro sem a obra estar finalizada, pelo que
a associação de utentes pretendia também perceber o porquê do abandono da
empreitada. Quanto a esta situação, a Associação de Utentes e Sobreviventes do
IP3 foi informada que se verificou uma resolução do contrato, por incumprimento
por parte do empreiteiro adjudicatário desta empreitada. A obra irá ser
continuada, garantiu a Infraestruturas de Portugal, mas apenas após o lançamento
de uma nova empreitada, adiantou Álvaro Miranda.
Dora Loureiro – Diário As Beiras
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