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TURISMO - Diário As Beiras revela novos projetos para as praias do Reconquinho e do Vimieiro



O Instituto Pedro Nunes (IPN) está a colaborar com o Município de Penacova na conceção do Quilómetro Zero, avançou ontem ao DIÁRIO AS BEIRAS o vice-presidente da câmara João Azadinho.

Isto porque, para além de um centro de receção a quem faz turismo de natureza, a ideia para o Quilómetro Zero passa pela criação de uma incubadora de empresas desta área.

O Quilómetro Zero é um projeto que está a ser preparado para ser instalado junto à Praia Fluvial do Reconquinho.

Espaço balnear do vale da vila de Penacova, atrai não só banhistas, como praticantes de atividades aquáticas (como as descidas do rio Mondego em kayak). 

Há vários trilhos nas imediações da praia e esta encontra-se mesmo à beira da Estrada Nacional 2, uma rota turística em voga.

Em Penacova, pode obter-se o carimbo do passaporte da EN2 no posto de turismo ou na câmara municipal e o vice-presidente da autarquia garante que todos os dias se vê alguém a pedir este certificado.

A presença próxima de um parque de campismo é uma mais valia para esta praia. No entanto, desvia um pouco o fluxo de ocupação do parque de campismo municipal, explica João Azadinho. O vice-presidente conta que o município gostaria de encontrar uma solução principalmente para os caravanistas que permanecem todo o ano, e encaminhá-los mais para o outro parque.

A dinâmica turística que já conflui no Reconquinho e no concelho em geral tem atraído o investimento privado, com o surgimento de várias habitações de alojamento local (apoiada também pela falta de unidades hoteleiras).

A biblioteca está na praia

Na Praia Fluvial do Reconquinho, em Penacova, não ter um livro ou um jornal consigo não é razão para não ler. A Biblioteca Municipal tem estado presente neste espaço ao longo da época balnear com uma viatura e é possível requisitar não só livros, revistas e jornais, como também jogos. Graça Manuela, assistente operacional desta estrutura, contou ao DIÁRIO AS BEIRAS que os jogos e livros infantis são pedidos pelas crianças. Junto dos mais graúdos, os livros sobre Penacova têm alguma procura. Há inclusivamente leitores assíduos que todos os dias aqui requisitam o seu jornal. Esta é uma forma de levar a leitura à praia e de “procurar novos leitores”, explica Graça Manuela.

Zona com areia e campo de jogos no futuro do Vimieiro


A pacata e bucólica Praia Fluvial do Vimieiro vai ter no próximo ano um espaço com areia e um campo de jogos de praia.

O presidente da União de Freguesias de São Pedro de Alva e São Paio do Mondego, Vítor Cordeiro, explicou ao DIÁRIO AS BEIRAS que isso está previsto para a segunda fase da intervenção que está a ser realizada nesta praia, co-financiada pelo programa Valorizar do Turismo de Portugal.

A primeira fase está a decorrer agora no pavimento envolvente ao espaço da praia e, de acordo com o autarca local, está a correr bem, apesar de, na época de férias, haver algumas dificuldades em ter mão-de-obra.

As duas fases deverão estar concluídas até 30 de junho de 2020, refere Vítor Cordeiro, que espera que as obras não cheguem a colidir com a época balnear.

Recorde-se que o presidente da Câmara Municipal de Penacova, Humberto Oliveira, disse em junho que a primeira fase da obra deve estar concluída entre setembro e outubro. Na altura, referiu ainda que a segunda fase inclui a requalificação de casas de banho, entre outras estruturas.

Para além disso, a margem do rio Alva onde está a praia vai ser alvo de requalificação, para além da área ajardinada e da “ilhota”, diz Vítor Cordeiro.

O “ex-libris da freguesia” é cada vez mais procurado, segundo o autarca local, e não apenas para banhos, mas também para refeições de confraternização no espaço de merendas. A terra recebe muitos emigrantes nesta altura do ano pelo que é um espaço “propício a que se reencontrem as respetivas famílias”.

Esta freguesia, esta autarquia, tem feito para que tudo aconteça” (o aumento da procura), acrescenta. “Julgo que este espaço ainda tem muito para dar, ainda podemos contar muito com o Vimieiro e, seguramente, ainda vamos ouvir falar muito do Vimieiro”.

O moinho do senhor Américo

A força da água do rio Alva já deu vida a vários moinhos junto à Praia Fluvial do Vimieiro, mas só o de Américo Coimbra subsiste. Trabalhou 50 anos em Coimbra e agora é o único residente permanente das casas desta praia (a maioria é alojamento local).

O moinho foi da família (ainda dos pais da sua mãe) e, de vez em quando, volta a pô-lo a funcionar. “Eu gosto disto”, diz ao DIÁRIO AS BEIRAS, e só a sua manutenção é que dá algum trabalho, garante.

Américo Coimbra explica que muitos que lhe pedem para ver o moinho, dizem que as suas famílias tiveram moinhos, mas assegura que, desses, ninguém lhe disse que ainda o tinha. O mecanismo produz 12 quilos de farinha por hora, ou seja, um alqueire

Maria Inês Morgado – Diário As Beiras





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