ENSINO - Plano Nacional de Leitura, ontem apresentado, quer dar aos alunos 10 minutos por dia para lerem por prazer
O projeto “10
minutos a ler” pretende fomentar o gosto pela leitura e combater os
problemas de literacia. O Plano Nacional de Leitura disponibilizou 70 mil euros
para escolas interessadas em aderir.
O Plano Nacional de Leitura quer que os alunos do 2.º e
3.º ciclos passem “10 minutos a ler”, uma iniciativa para incentivar a leitura
por prazer com um investimento de 70 mil euros na atualização de bibliotecas
escolares.
“No Plano Nacional
de Leitura resolvemos fazer este convite alargado às escolas. Queremos
introduzir a leitura por prazer e que os alunos percebam o valor cultural da
leitura”, disse à Lusa a comissária do Plano Nacional de Leitura (PNL),
Teresa Calçada, sobre a iniciativa que envolve 70 escolas e que foi esta
terça-feira apresentada.
“10 minutos a ler” pretende fomentar o gosto pela leitura
e ajudar a combater os problemas de literacia. Para isso, o PNL disponibilizou
70 mil euros para as escolas interessadas em aderir ao projeto poderem renovar
os títulos disponíveis nas suas bibliotecas, porque “nem sempre têm dinheiro para o fazer”, e oferecer uma escolha aos
alunos que vá ao encontro daquilo que eles estão interessados em ler.
Ao desafio candidataram-se mais de 200 escolas e o
PNL selecionou as 70 primeiras que responderam e cumpriam alguns requisitos
exigidos para receber o apoio, como disponibilizar a lista de livros que
queriam comprar.
Caberá às escolas decidir de que forma aplicam o projeto.
Teresa Calçada referiu, por exemplo, que podem ser dados aos alunos 10 minutos
da primeira aula da manhã ou da tarde para ler, o que podem fazer
individualmente ou em conjunto, e que este pode ser um ponto de partida para
trabalhos em sala de aula.
Mas também podem ser 10 minutos num intervalo entre
aulas, 10 minutos na hora de almoço no refeitório, 10 minutos no ginásio, ou
onde e quando as escolas entenderem, até porque um dos objetivos é dissociar a
leitura das aulas de Português e retirar-lhes a carga de obrigação e trabalho
escolar, associando-o a uma atividade de lazer.
“O que se quer é
que os alunos leiam e que compreendam o que leem”, sublinhou Teresa
Calçada, que espera que a iniciativa que agora arranca tenha continuidade.
O projeto foi esta terça-feira apresentado na Escola
Básica e Secundária Frei Gonçalo de Azevedo, em São Domingos de Rana, distrito
de Lisboa, na presença da comissária do PNL e do secretário de Estado da
Educação, João Costa.
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