ETAR de Travanca do Mondego inaugurada após demora de uma década
Dez anos após ter sido iniciado o processo para
construção de uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR) em Travanca
do Mondego, a estrutura foi ontem, por fim, inaugurada.
Maria
Inês Morgado – Diário As Beiras
A obra, que incluiu a construção da ETAR referida e da
estação elevatória de águas residuais (EEAR) do Silveirinho, teve um custo
aproximado de 800 mil euros, cofinanciado em 85% pela União Europeia, através
do PO SEUR. Assim, esta estrutura vai servir 625 habitantes equivalentes
do Silveirinho (União das Freguesias de São Pedro de Alva e São Paio do
Mondego), de Covais, de Lagares e de Travanca do Mondego (União das Freguesias
de Oliveira do Mondego e Travanca do Mondego).
Ao jornal, o presidente do Conselho de Administração da
Águas do Centro Litoral (AdCL), Alexandre Oliveira Tavares, justificou que a
obra demorou 10 anos a concretizar-se porque foi preciso que antes se
realizassem outros investimentos complementares, nomeadamente, da parte dos
municípios. “Não adianta fazer grandes
infraestruturas se depois não temos as outras que são complementares a
funcionar”.
Assim, “o que é
importante é a concretização [da ETAR], a bem das comunidades que estão no
território, a bem da salvaguarda do meio hídrico, com qualidade”.
Humberto Oliveira, presidente do Município de Penacova,
assegurou que conhece estes procedimentos e que “há contingências que impedem que estas obras se realizem logo”.
Recorda que esta ETAR passou por uma mudança de contratos de concessão.
Por seu lado, o presidente da União de Freguesias de
Oliveira do Mondego e de Travanca do Mondego, Luís Pechim, defendeu que estas
obras não podem depender de condicionamentos, “têm de ser feitas”. Cláudio de Jesus, administrador da Águas de
Portugal, destacou que esta obra “vai servir as populações, vai servir os
munícipes”, pelo que “só podemos estar satisfeitos”.
A cerimónia contou com a participação da secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, que defendeu que é preciso ser efetivado “o princípio do poluidor pagador”.
Esta ETAR vai descarregar as águas tratadas na Bacia
Hidrográfica da Barragem da Aguieira (ribeiro do Paço), pelo que a Agência
Portuguesa do Ambiente exigiu que seja feita a remoção total de nutrientes
nesta estação, disse Mário Azevedo, da AdCL.
Tem capacidade para tratar em média 66 metros cúbicos de
efluentes líquidos por dia.
Obras
na ETAR de São Pedro de Alva
A AdCL assinou no último semestre a empreitada de
reabilitação da ETAR de São Pedro de Alva, por 261 mil euros, estrutura afetada
pelos incêndios de outubro de 2017.
Para além disso, consignou a obra de reforço de
abastecimento de água aos municípios de Penacova e de Vila Nova de Poiares. O
investimento de 260 mil euros inclui a construção de duas novas ligações da
Ronqueira aos reservatórios municipais de Casais (Vila Nova de Poiares) e de
Vale do Tronco (Penacova).
O presidente do Município de Penacova aproveitou a sessão
para expressar que quer vir a ter ETAR em Figueira do Lorvão, “fundamental”, pelo número de pessoas
que vai servir.
Sem comentários
Leia as regras:
1 - Os comentários ofensivos não serão publicados.
2 - Os comentários apenas refletem a opinião dos seus autores.