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BOMBEIROS Dor e consternação no funeral de bombeiro de Penacova

Muitas dezenas de populares e soldados da paz de todo o distrito, e não só, assim como entidades, marcaram ontem presença no funeral


O funeral de Gonçalo Fernandes Xavier, bombeiro dos Voluntários de Penacova, falecido na madrugada de domingo num violento despiste, contou, ontem, com uma multidão que se quis despedir do jovem bombeiro, de 35 anos.

Entre colegas soldados da paz de Penacova, mas também de muitas outras corporações amigos, familiares, ou simples residentes no concelho, tocados pela tragédia, foram muitas dezenas, talvez várias centenas os que quiseram marcar presença numa despedida muito emotiva.

O corpo do malogrado bombeiro esteve em câmara ardente desde a véspera no salão nobre do quartel, por onde passaram muitas pessoas. Ontem, só no interior da sala eram dezenas, com muitas outras pessoas no exterior. Nas caras, notava-se a consternação, mas as lágrimas começaram a brotar abundantemente quando a urna saiu do quartel, sob o “grito” lacinante da sirene, como que a lamentar a perda de um dos seus, que se prolongou até o corpo estar no carro funerário.

Um longo cortejo automóvel seguiu depois para Oliveira do Mondego, onde foi celebrada missa, na igreja local, tendo sido sepultado o corpo no cemitério daquela localidade a dois passos do Coiço, onde residia. Gonçalo Fernandes Xavier tinha 35, era casado e tinha uma filha de 11 anos. Para além da família e da profissão, tinha extrema dedicação aos bombeiros, como salientou o comandante dos Voluntários de Penacova, António Simões, na mensagem de despedida que colocou na internet.

Quis o destino que fossem os seus colegas bombeiros as últimas pessoas a vê-lo com vida, na madrugada de domingo. Seriam os mesmos que, durante a manhã o procuraram, depois do alerta da esposa, acabando por resgatar o seu corpo do fundo de uma ravina com centenas de metros de profundidade. | José Carlos Salgueiro