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Avanços e recuos *

Está certamente contente o Dr. António Borges! A sua estranhíssima estratégia de criar crescimento e riqueza empobrecendo a população está a ser aplicada com empenho pelo Governo.
Pelo menos, no que diz respeito ao empobrecimento dos portugueses porque, quanto ao crescimento económico e criação de riqueza, para já, não temos qualquer sinal.
Só para dar exemplos recentes, o empenho em empobrecer o Pais por parte deste Governo tem sido tanto que as medidas são apresentadas a um ritmo constante e permanente. Só referindo alguns mais recentes temos o aumento da TSU para os trabalhadores (já recuou), aumento galopante do IMI (já recuou) e novos escalões e aumento do IRS (preparase para fazer “ajustes”, ou seja, recuar).
O Governo apresenta as suas medidas, sempre coerentes no objectivo de empobrecer os portugueses e rapidamente recua, apresentando de imediato outras com exactamente o mesmo intuito, sempre pelas mãos do Primeiro Ministro e do Ministro das Finanças, sob o olhar atento do Dr. António Borges.
O que mais salta a vista a esta estranha estratégia, é a evidência de uma grande falta de preparação para governar e de falta de estratégia ou rumo para o País.
Recuar é legítimo. Recuar e desejável, atendendo a tantas medidas penosas para as famílias, para as empresas, para as instituições e para a economia em geral. Mas o que se conclui é que as medidas são apresentadas sem se medir e ponderar as consequências, sem uma estratégia definida e sem sensibilidade social para as enormes dificuldades que muitos atravessam, muito para além do que é aceitável.
Que as circunstâncias são difíceis todos sabemos e compreendemos. Os portugueses têm consciência que é preciso corrigir erros do passado e têm estado dispostos a contribuir para isso.
Mas até o "melhor povo do mundo" tem limites! Limites de dignidade e limites de compreensão... E esses limites estão, neste momento, largamente ultrapassados! 

*Artigo de Opinião originalmente publicado na edição impressa do Diário de Coimbra de 14.10.2012

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