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Extinção de freguesias “agride bem-estar das populações”

A pressa é inimiga da perfeição” e o ditado popular «assenta que nem uma luva», no entender de Humberto Oliveira, «na proposta apresentada pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território para o concelho de Penacova». Trata-se, de acordo com o autarca, de uma «reorganização feita à pressa, em cima do joelho». E dessa «urgência desmedida e despropositada», resultaram, segundo o presidente da Câmara de Penacova, um conjunto de «falhas» graves.
Exemplificando, Humberto Oliveira aponta o caso da agregação proposta das freguesias de Paradela da Cortiça a Friúmes. A proposta, refere, diz que «esta freguesia partilha uma matriz rural comum e uma estrutura urbana dispersa com a única freguesia que lhe é contígua, Friúmes, com 645 habitantes». Um registo que o autarca afirma ser «falso» e «adulterado», pois «a freguesia de Paradela da Cortiça também faz fronteira com a freguesia de São Pedro de Alva e com a qual até terá, porventura, maior afinidade». Situação semelhante, adianta, acontece com Travanca do Mondego, «que terá mais afinidade com São Pedro de Alva do que com a freguesia à qual foi agregada, Oliveira do Mondego».
«O processo não foi agregador, criou instabilidade, clima de guerra e de desunião», afirma, cáustico, o presidente da Câmara de Penacova, para quem todo o processo «foi politicamente mal conduzido» e «não traz mais-valias». «Tudo foi  feito sem razoabilidade e, como sempre, os prejudicados são sempre os mesmos: as populações», conclui o autarca de Penacova.
Para Humberto Oliveira a lei da extinção das freguesias «agride o bem-estar das populações»,para além de contrariar a vontade expressa pela grande maioria dos autarcas. Mas, mais do que isso, «coloca em causa serviços de qualidade e de proximidade que são prestados às populações», que «acrescentam um grande valor social às pessoas» e «sem grandes impactos em termos de custos no Orçamento Geral do Estado para 2013». O autarca refere ainda a inoportunidadedesta «empenhada teimosia e acção de amputação social perpetrada pelo Governo», pois «em tempos de crise e emergência social, as juntas e os seus presidentes terão um papel preponderante na sinalização e na ajuda à solução de casos mais contundentes». M.V

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