CCDRC - Emprego é prioridade no plano de acção regional
CCDRC aceita, até final de Julho,
contributos dos cidadãos para o documento estratégico que apresentará à
Comissão Europeia
A criação de emprego, a competitividade
e internacionalização do tecido empresarial, a inovação e o empreendedorismo fazem
parte das prioridades definidas pelo Plano de Acção Regional no eixo da
economia. A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro
(CCDRC) realizou um documento estratégico em co-autoria com mais de 300
entidades da região e coloca-o agora à discussão pública, convidando os
cidadãos a dar os seus contributos.
O plano espelha «ideias
interessante do que é e do que deve ser a região Centro, com contributos muito
ricos de várias entidades, desde agências de desenvolvimento local, autarquias,
empresas, instituições de ensino superior, ONGs, sindicatos, etc.», explicou
ontem o presidente da CCDRC Pedro Saraiva.
Ser líder na inovação, alcançar os
20% do PIB, esbater em 10% as assimetrias territoriais, aumentar para 40% a
percentagem de população jovem com formação superior e colocar o desemprego em
menos de 70% da média nacional são ambições deste plano estratégico para
2014-2020.
Pedro Saraiva lembrou que na
região Centro está 22% da população do país e que a percentagem do PIB tem
vindo a descer desde 2000, situandos-se, em 2011, nos 18,23%. Ainda assim, são
motivos de «orgulho» o ritmo de exportações - 110 euros exportados por cada 100
importados - a elevada percentagem de jovens com qualificação superior (22,8%,
a segunda maior do país) ou a menor taxa de abandono escolar precoce.
De acordo com o presidente da
CCDRC, a taxa de desemprego era, no fim do primeiro trimestre deste ano, 13,3%,
o que, não sendo positivo, torna o Centro a região com menor taxa de desemprego
do país.
O reforço do potencial humano, a
coesão social e territorial, a atractividade e qualidade de vida dos territórios
- área em que entram questões de acessibilidades e mobilidade, como a sugerida
ligação ferroviária entre Aveiro e Salamanca -, a sustentabilidade dos recursos
e o ambiente constituem os restantes eixos do plano que ainda aguarda
contributos sub-regionais, alinhados com autarquias das NUT
III, e que será apresentado à Comissão
Europeia.
Portugal deve receber um pacote
de cerca de 20 mil milhões de euros de fundos estruturais, estando por definir como
será repartido pelos programas operacionais regionais e pelos programas
temáticos nacionais. O Centro recebeu 1.700 milhões de euros do QREN
(2007-2013), a que se somaram outros fundos, por exemplo do Programa
Operacional do Potencial Humano (POPH), e Pedro Saraiva espera que no próximo
quadro de apoio comunitário exista um reforço dos valores.
Jornalista Andrea Trindade
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