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OPINIÃO - O caminho é por aqui: pela excelência!

Coimbra é, por natureza, uma cidade ligada de forma muito íntima à excelência da educação. É assim com a nossa prestigiada Universidade que durante séculos tem qualificado gerações atrás de gerações de portugueses e de estrangeiros dos quatro cantos do Mundo que para cá vêm estudar, sem esquecer o papel também muito importante que tem na investigação em diversas áreas da ciência.

É também assim com o Instituto Politécnico que, nas últimas décadas, se tem afirmado no contexto nacional e internacional como uma escola de qualidade e com recursos humanos cada vez mais qualificados.

Há ainda um conjunto de estabelecimentos do Ensino Superior com respostas diversificadas que, ocupando o seu espaço próprio, desenvolvem trabalho meritório e de qualidade também reconhecida. No final da semana passada, foi tornado público o ranking das escolas portuguesas. Como em todos os rankings há critérios. E onde há critérios há sempre discussão sobre a sua aplicação. Também há quem conteste os rankings independentemente dos critérios utilizados e da sua aplicação. Há quem entenda que pura e simplesmente os rankings não deveriam existir.

Pessoalmente, entendo que os rankings são uma mais valia quando são elaborados com rigor, transparência e isenção, sem preconceitos à nascença e sem objectivos distorcidos no final.
Julgo que podem dar à opinião pública uma caracterização, mesmo que genérica, da amostra avaliada e que podem fomentar a competitividade e, desta forma, incentivar as boas práticas.

No ranking das escolas portugueses, de que uns concordam e outros discordam, são utilizados critérios objectivos e muito concretos (médias das classificações de 17 disciplinas sujeitas a exame nacional na primeira fase de acesso ao ensino superior, contemplando apenas os alunos internos das escolas, ou seja, os estudantes que frequentaram as aulas durante o ano lectivo 2012/2013), pelo que o considero uma forma válida de hierarquizar as escolas mediante o seu desempenho nesta matéria.

Neste estudo, a Escola Secundária Infanta D. Maria aparece no primeiro lugar das escolas públicas nacionais. Notável! E, como se sabe, não é a primeira vez! O Colégio Rainha Santa Isabel, do ensino particular e cooperativo, aparece ainda mais bem posicionado, apenas com estabelecimentos da Grande Lisboa e do Grande Porto à frente e todos também do ensino particular e cooperativo. Igualmente notável!

Também noutros critérios avaliados a cidade e o distrito de Coimbra podem estar orgulhosos, pois aparecem em excelentes posições com várias escolas, quer do sector público quer do sector privado e cooperativo, a destacarem-se.

Mas sublinho o facto da Escola Secundária Infanta D. Maria ser a melhor escola pública do País, dentro dos critérios deste estudo. Numa altura em que a Escola Pública sofre um dos maiores ataques de que há memória, é digno de registo e reflexão que 75% dos alunos do D. Maria tenham entrado no Ensino Superior na primeira opção.

Tratar-se de uma escola de Coimbra que, juntamente com outras também muito bem classificadas, nos enchem de orgulho, valorizam o território e permite-nos acreditar que "o caminho é por aqui".

Artigo de opinião, originalmente publicado no Diário de Coimbra de 11.11.2013

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