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ASSALTO a funcionário dos CTT começa a ser julgado em março

No Tribunal Judicial de Penacova realiza-se em março a primeira sessão de julgamento de três homens acusados de serem os autores do assalto a um funcionário da estação de correios local, em Setembro de 2012, assim como do roubo de uma viatura, pelo método de carjacking, realizado horas antes, em Aveiro.


Trata-se de um cidadão nascido em São Tomé, de 30 anos, residente em Valongo do Vouga, e dois portugueses, um de 27 anos, de Águeda, e outro, de 34, oriundo de Santa Comba Dão.

O dia em que terão cometidos os crimes, 10 de Setembro de 2012, começou cedo para os indivíduos, logo de madrugada, à 1h30, quando, na zona do Rossio, em Aveiro, se apoderam de um automóvel Ford Focus, que o proprietário tinha acabado de estacionar.

Os homens, que se tinham deslocado para o local numa carrinha Mercedes de matrícula estrangeira, dominaram o dono do carro roubado, atirando-o ao chão e apoderaram-se das chaves, fugindo com rapidez nas duas viaturas.

O ponto de paragem seguinte foi Penacova. Como é habitual, cerca das 8h40-8h45,um funcionário dos CTT dirigiu-se à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e levantou 25 mil euros para o uso da estação de correios e encetou o caminho de regresso cerca de 15 minutos mais tarde, pela Rua Conselheiro Barjona de Freitas.

Foi nessa altura que um dos assaltantes o surpreendeu, agarrando-o por trás e pelo pescoço, usando imediatamente o gás paralisante, no sentido de o incapacitar. A vítima debateu-se e gritou por ajuda mas acabaria por sucumbir a várias pulverizações.

Durante a luta, caíram ao chão sete mil euros, mas o assaltante conseguiu fugir com 18 mil euros e entrou para o Ford Focus, estacionado entre a dependência da CGD e a Capela de S. João, com os outros dois cúmplices no interior.

Nesse momento, em sentido contrário, surgiu um carro patrulha da GNR, cujos dois ocupantes ainda tentaram evitar a fuga, conseguida, contudo, com uma manobra evasiva por cima de um passeio, chegando a atingir o carro da força de segurança.

Num golpe que estaria preparado, os assaltantes tinham à sua espera, na zona da Barragem da Aguieira, um Opel Corsa, em que encetaram a fuga, não sem que antes incendiassem o Ford Focus roubado em Aveiro.

São acusados de dois crimes de roubo agravado, assim como de incêndio, resistência e coacção sobre funcionário e detenção de arma proibida. O arguido de Santa Comba Dão é acusado, de forma independente, de outro crime de detenção de arma proibida, por ter em casa 12 cartuchos de calibre 12 e três munições de calibre 32, assim como uma soqueira.

O primeiro sinal dado pelos alegados criminosos após a fuga ocorreu dois dias depois do assalto, quan do o indivíduo de Águeda registou em seu nome uma mota Honda CBR 500, comprada por 2.200 euros, pagos em notas.

Este arguido está em casa, vigiado através de pulseira electrónica, enquanto os restantes dois se mantêm em prisão preventiva.

Outra nota digna de relevo foi o facto de, no final de Setembro de 2012, o irmão do arguido santomense ter legalizado a carrinha Mercedes de matrícula estrangeira, pagando, em numerário, os mais de cinco mil euros de imposto.

Este homem foi arguido no processo, mas não foi acusado, pelo facto de nas diligências realizadas, nomeadamente inquirições e interrogatórios, assim como análise documental, não terem sido encontrados indícios de ter tido intervenção directa ou indirecta nos crimes.

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