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OPINIÃO - Ainda não podemos brincar ao Carnaval

Estamos a atravessar uma das maiores crises económicas e financeiras das últimas décadas, felizmente os sinais que vão sendo divulgados, quer internamente, quer externamente, são positivos, isso não quer dizer que já tudo esteja bem e que estejamos em presença de uma economia muito competitiva.

Apesar dos esforços que tem vindo a ser desenvolvidos, ao longo destes dois e meio, pelas famílias e empresas portuguesas, ainda não estamos em condições de brincar ao carnaval.

Portugal tem que, necessariamente, aumentar a sua competitividade para assegurar às gerações vindouras um estado social que todos ambicionamos. A este aumento de competitividade está, também, associado a produtividade do nosso trabalho, pelo que é com trabalho que podemos ter esperança num futuro melhor.

Sei que não é fácil, nem popular, fazer passar a mensagem que temos que ser mais produtivos, mais empreendedores, mais criativos, menos gastadores, mas se não alterarmos a nossa maneira de ser e estar vamos ter dificuldade de apanhar o pelotão da frente, aproximarmo-nos dos países mais desenvolvidos. Temos por isso de trabalhar mais e melhor.

Podemos pois conciliar esta quadra com os fins de semana que antecede a terça-feira, realizando aí os tradicionais cortejos.

Aceito que possa numa fase intermédia haver excepções, salvaguardando a autonomia que gozam as autarquias locais, permitindo que nalguns casos seja pelos municípios dada a tolerância de ponto de forma a acautelar algumas tradições.

Opinião de Maurício Marques, originalmente publicada na edição do Jornal As Beiras de 26.02.2014

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