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JUSTIÇA - Ladrão do Sanguinho foi condenado a 3 anos de prisão



Um homem de 58 anos foi ontem condenado, pelo Tribunal de Coimbra, a uma pena de três anos de prisão, que fica suspensa pelo mesmo período, por ter furtado dinheiro a um casal de seniores. O mesmo indivíduo estava acusado pela prática de dois outros furtos verificados na mesma manhã, mas como as vítimas não o conseguiram identificar acabou absolvido.

Tudo se passou em Agosto de 2012, no concelho de Penacova. O agora condenado, acompanhado de um outro indivíduo que os investigadores não conseguiram identificar, passou pela localidade de Sanguinho onde, por volta das 10h00, abordou uma mulher (na casa dos 70 a 80 anos) que procedia a trabalhos agrícolas.

Perguntou pela medicação que lhe era prescrita explicando-lhe que a informação seria necessária para que ficasse isenta do seu pagamento. A senhora levou o sujeito até ao interior de sua casa, onde estava o marido. Já lá dentro, durante a conversa, o homem exibiu uma nota de 50 euros e perguntou se tinham notas idênticas para recolher o número das mesmas. A senhora foi ao quarto para ir buscar uma mala onde guardava o dinheiro, mas o arguido seguiu-a, empurrou-a e atirou-a ao chão. Puxou a mala (onde estavam 230 euros em notas e vários documentos) que levou consigo e fugiu.

O homem, que não tinha antecedentes criminais por furto, tem um ano (após a sentença transitar em julgado) para devolver os 230 euros, sob pena de ter de cumprir a pena de três anos de cadeia.

Crimes sem culpado

Os outros dois crimes registados naquele concelho, na mesma manhã ficam assim sem castigo já que, como explicou o presidente do colectivo de juízes, as vítimas não identificaram o arguido como sendo o criminoso.

Num primeiro caso, às 9h30, em Lorvão, um homem abordou um casal de seniores a quem perguntou pela medicação que lhes era prescrita propondo-lhes em troca a isenção do seu pagamento. Foi então a casa das vítimas para que estes fornecessem a listagem dos medicamentos. Depois de gabar as peças em ouro que a mulher envergava, o sujeito pediu para ver outras peças de ourivesaria, de modo a perceber qual seria a marca das mesmas. Na posse de dois fios, duas alianças, uma libra em ouro (tudo num valor de 600 euros) dirigiu-se ao carro (onde estava o cúmplice) e fugiu.

Logo de seguida, em Vale da Vinha, no mesmo concelho, um homem abordou uma mulher que estava a trabalhar no campo dizendo-lhe que estava convocada para ir a uma consulta médica a Coimbra. Foram para junto da casa da senhora onde o ladrão entrou contra a vontade da vítima. Vasculhou a casa, levando um cordão e anéis em ouro (avaliados em 5 mil euros), 200 euros em dinheiro e ainda um telemóvel.