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CONTRAFAÇÃO - GNR de Coimbra desmantela rede de venda ilegal pelo Facebook

Artigos apreendidos têm um valor estimado em cerca de 110 mil euros Três pessoas foram constituídas arguidas, por serem suspeitas de estarem envolvidas na venda de artigos contrafeitos através do Facebook 


Três pessoas foram constituídas arguidas, por suspeita de estarem envolvidas num circuito de distribuição e comercialização de produtos contrafeitos através do Facebook. Num comunicado ontem divulgado, a Unidade de Ação Fiscal da GNR esclarece que foram apreendidos “cerca de três mil artigos” de natureza contrafeita, “que posteriormente seriam vendidos como sendo produtos originais de várias marcas conceituadas”.

Artigos, dinheiro e veículos

Aos três indivíduos, dois homens e uma mulher, com idades entre os 35 e os 49 anos, “além de diversa documentação relacionada com a atividade criminosa, equipamentos informáticos e de comunicação móvel, 1.825 euros em dinheiro e dois veículos, foram apreendidos 1.454 pares de calçado, 1.059 peças de vestuário e 256 acessórios”. Os artigos terão um valor total de cerca de “110 mil euros”. Os arguidos estão “indiciados da prática dos crimes de venda, circulação e ocultação de artigos, fraude sobre mercadorias e contrafação, imitação e uso ilegal de marca”.

As apreensões foram o culminar de uma investigação desenvolvida ao longo dos últimos nove meses pelo Destacamento de Ação Fiscal de Coimbra, na sequência de “queixa apresentada por comerciantes da localidade de Mortágua, onde reside o principal arguido”.

Réplicas de várias marcas

O circuito desmantelado tinha como principal objetivo a “venda de réplicas falsificadas de calçado, vestuário e acessórios de várias marcas, aproveitando o anonimato proporcionado pela internet e por via de um perfil no Facebook especificamente criado para o efeito, através do qual seriam realizadas as encomendas, que posteriormente eram expedidas para clientes, concretizando operações económicas à margem das formalidades legais e, consequentemente, da tributação devida por tais transações”, esclarece a GNR.

Ligações a feirantes

Neste esquema fraudulento agora desmantelado pela GNR, o responsável pela operacionalização das vendas ilegais à distância, “contava com a colaboração de um dos indivíduos também constituído arguido, residente em Aveiro e com ligações familiares a feirantes, conseguindo junto de fornecedores na zona do grande Porto adquirir os produtos que posteriormente eram colocados à venda na página de internet” que geria.

A monitorização da referida página “permitiu referenciar uma intensa atividade comercial, favorecida pela credibilidade transmitida em relação à genuidade dos artigos com a qualidade das fotos publicadas, possibilitando a sua venda a preços mais próximos dos valores de mercado, contrariamente ao que sucede habitualmente com este tipo de produtos, com qualidade inferior aos originais e frequentemente colocados à disposição dos consumidores a preços mais baixos em feiras e mercados”, conclui o comunicado da GNR. | Rute Melo