INCÊNDIOS - Riba de Cima e Lavradio vivem momentos de angústia
O concelho de Penacova viveu
ontem o drama dos fogos florestais, com dois focos distintos a deflagrarem nas
localidades de Riba de Cima (Serra da Atalhada, Penacova) e Lavradio (Oliveira
do Mondego) e a lavrarem com bastante intensidade desde a tarde. As altas
temperaturas, o vento e a zona acidentada do terreno foram os principais
adversários das corporações de bombeiros presente no teatro das operações, que
à hora do fecho desta edição ainda combatiam os dois incêndios.
Devido à dimensão dos fogos, o da
zona de Lavradio obrigou ao corte do IC6, em ambos os sentidos, junto ao nó de
ligação ao IP3, mas não houve casas ou pessoas ameaçadas, sendo, sobretudo,
área florestal afectada. No terreno encontravam-se 335 operacionais, apoiados
por 104 meios no fogo da Serra da Atalhada, e 125 homens e 36 viaturas no de
Lavradio. Ambos os focos de incêndio tiveram durante o dia o apoio de meios aéreos,
situação que com o cair da noite teve de ser alterada.
Presente no terreno, Humberto
Oliveira, presidente da Câmara de Penacova, aguardava que com o cair da noite e
a descida da temperatura as situações ficassem mais controladas.
Chamas consumiram mil hectares de floresta
O incêndio que deflagrou domingo
em Vale de Colmeias, Miranda do Corvo, e se estendeu aos concelhos vizinhos de
Lousã e Vila Nova de Poiares consumiu «mil hectares de floresta», referiu
Miguel Baptista, presidente da Câmara.
O concelho, apesar do fogo ter
sido dado como dominado, continuou durante todo o dia de ontem em alerta
máximo, com centenas de operacionais no terreno, apoiado por meios terrestres e
aéreos, a manter uma apertada vigilância às operações de rescaldo e a serem
obrigados a lutar contra vários reacendimentos.
Após uma tarde de domingo e uma
madrugada de segunda-feira infernais, com as chamas a consumirem, além do
milhar de hectares de floresta, «uma casa e material agrícola», o autarca
referiu que, neste momento, «está a ser feito o levantamento dos prejuízos por
uma equipa de técnicos municipais».
A Estradas de Portugal procedeu,
igualmente, esclareceu o edil de Miranda do Corvo, durante o dia de ontem «à
limpeza das vias que foram interditadas devido às chamas», nomeadamente Estrada
Nacional (EN) 17 e a EN 17-1.
De acordo com o autarca as
localidades mais afectadas por este incêndio de grandes dimensões foram
«Segade, Braços, Pomar dos Braços, Vale de Colmeias, todos os lugares de
Ribeira de Semide, Vale da Proa, Casa Nova e Lata».