ACESSIBILIDADES - Góis subscreve proposta de Poiares para novo IP3

A Câmara de Góis concorda com a proposta avançada pela Assembleia Municipal de Poiares para o novo traçado do IP3, preconizando a ligação à A13, por uma via a Sul do Mondego. O executivo aprovou, por unanimidade, uma moção, na qual afirma «o total apoio à proposta para o IP3» apresentada por Poiares. Na moção, a Câmara, formada por três eleitos do PS e dois vereadores do Grupo de Cidadãos Independentes por Góis, também expressa «vigorosamente a necessidade urgente da requalificação entre a vila e a Lousã.

A autarquia manifesta ainda a sua «total indignação pela discriminação negativa, traduzida na falta de investimento pela administração central no concelho de Góis», e apela à «união de todos contra os responsáveis pelo abandono evidente que os territórios e populações da Beira Serra têm sido sujeitas».

No início do mês, a Assembleia de Poiares aprovou, por unanimidade, um documento que defende que o novo traçado do lanço do IP3 entre Viseu e Coimbra seja «construído na margem Sul do rio Mondego, ligando a A13 [Coimbra Tomar] à zona da Aguieira, com passagem pelo concelho de Poiares, ao invés da proposta da Infraestruturas de Portugal (IP), a Norte e paralelo ao actual traçado».

A proposta preconiza a «construção de uma nova via em formato de autoestrada, em alternativa ao traçado do IP3, ligando as cidades de Coimbra e de Viseu, já decidida pelo Governo, como sendo a oportunidade para dotar este território de uma infraestrutura de que tanto carece e reclama».

O novo traçado parcial do IP3 teria «toda a vantagem com uma ligação directa à A13 que tornasse mais rápidas as viagens para Coimbra ou para Lisboa», sustenta a moção, sublinhando que a nova via deverá «alcançar a A13» a partir de Santa Comba, por Poiares e Ponte Velha, «constituindo-se aqui como uma alternativa à Estrada da Beira» (EN17).

A Câmara de Góis pretende assim «fundamentar a necessidade da operacionalização urgente de uma intervenção que dê uma resposta efectiva às dificuldades acumuladas ao longo de anos ao nível das acessibilidades nos concelhos de Góis, Pampilhosa, Lousã, Miranda e Poiares, em resultado de opções políticas que sucessivamente negligenciaram as potencialidades e necessidades deste território, deixando-o praticamente vertido ao esquecimento».

O documento vai ser enviado ao Presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, aos ministros adjunto e do Desenvolvimento Regional, presidente da CIM- Região de Coimbra, câmaras de Arganil, Pampilhosa, Lousã, Miranda do Corvo e Poiares e à empresa Infraestruturas de Portugal.

LUSA