MONTARIA - Javalis do Alto Concelho na mira dos caçadores
É a segunda montaria organizada
pela Associação de Caçadores e Pescadores do Alto Concelho de Penacova nesta
época venatória e está marcada para o próximo dia 20. Em vésperas de Natal, as
expectativas estão “em alta”, pois «animais não faltam», garante Alexandre
Duarte, secretário da associação, que gere uma vasta zona de caça.
A necessidade de manter o
equilíbrio da população de javalis, que tem vindo a crescer a olhos vistos,
constitui, de resto, uma das razões da caçada. Alexandre Duarte sublinha isso mesmo,
salientando os muitos animais existentes, atraídos pela “fartura” de castanha,
bolota e cogumelos que se faz sentir. A promoção e divulgação do concelho
constituem outro dos objectivos desta jornada, a que se soma a confraternização
dos amantes da caça.
A organização prepara-se para
receber 50 a 60 caçadores, vindos de vários pontos do país, que ainda têm a
possibilidade de proceder à respectiva inscrição, através dos telefones 963 681
781, 917 822 845 ou 969 137 269. O preço é de 35 euros, valor que inclui
pequeno-almoço e almoço. O programa tem início marcado para as 8h00, com a
concentração dos monteiros em Silveirinho, na sede da Associação de Caçadores,
onde é servido o “taco”, o reforçado pequeno almoço, bem como o sorteio das
portas. Os caçadores partem, depois, para a mancha (zona de caça), de onde
regressam por volta das 14h30, para o almoço, igualmente na sede da
colectividade. À sua espera está um suculento bacalhau à lagareiro. A tarde
termina com o leilão dos animais abatidos.
Na primeira montaria, realizada
pelos Caçadores do Alto Concelho de Penacova, em finais de Outubro, foram abatidos
três exemplares, duas fêmeas e um “navalheiro”, um macho de grande porte, morto
com um tiro certeiro de um caçador da Lousã, que teve direito a levar o
“troféu” (cabeça do animal, que habitualmente é embalsamada) para casa.
A colectividade pensa realizar
uma terceira montaria, em finais de Janeiro, mas até ao final do ano pondera
efectuar um “gancho”, uma caçada mais “caseira”, usada sobretudo para prospecção,
no sentido de perceber com rigor «a densidade dos javalis» que circulam pelo
território e acompanhar a sua progressão.