RECONHECIMENTO - Projeto para peixes migradores do Mondego ganha prémio internacional
A intervenção no rio Mondego para
facilitar a passagem de lampreias e diferentes peixes migradores, entre
Montemor-o-Velho e Penacova, foi distinguida nos Estados Unidos durante um
congresso científico mundial, disse hoje o investigador responsável.
“Esta importante
distinção é o reconhecimento internacional pelo trabalho de excelência que foi
efetuado no Mondego em prol da conservação e exploração sustentável das
populações de peixes migradores diádromos”, disse Pedro Raposo de Almeida à
agência Lusa.
Coube a este professor da Universidade de Évora, em
representação da equipa, receber o galardão no âmbito do congresso Fish Passage 2016, realizado na
Universidade de Massachusetts, entre os dias 20 e 22, e que reuniu
especialistas de todos os continentes.
“O modelo
de gestão aplicado ao Mondego é um exemplo de cooperação efetiva entre várias
entidades que deve ser replicado nas restantes bacias hidrográficas nacionais”,
defendeu o coordenador do projeto.
Atribuído anualmente em conjunto pela American Society of Civil
e pela American Fisheries Society, o prémio distinguiu desta vez o projeto “Reabilitação dos habitats de peixes
diádromos na bacia hidrográfica do Mondego”, liderado pela Universidade de
Évora com o apoio técnico-científico do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente
(MARE).
“A conservação dos peixes
diádromos constitui uma tarefa particularmente desafiante, tendo em conta que
são organismos que utilizam ecossistemas distintos ao longo do seu ciclo de
vida, migrando entre o rio e o mar”, afirmou.
O principal objetivo do projeto é a “compatibilização entre a conservação dos peixes diádromos e os
restantes usos do rio”, como produção hidroelétrica, abastecimento de água
para fins industrial, agrícola e doméstico, controlo de cheias, pesca
profissional e atividades recreativas (utilização de praias fluviais, pesca
desportiva e canoagem, entre outras).
Segundo Pedro Raposo de Almeida, “a aplicação de uma estratégia de gestão integrada é dificultada pelo
facto destas zonas serem geridas por diferentes entidades governamentais”.
Desenvolvido entre 2013 e 2015, o projeto teve um orçamento de
1,38 milhões de euros, comparticipado pelo Ministério da Agricultura e do Mar,
Fundo Europeu das Pescas, através do Programa Operacional Pesca (PROMAR) e EDP.
Terminou em dezembro e incluiu a realização de obras em cinco
açudes do Mondego, devendo prosseguir com a monitorização da passagem de
lampreias e diferentes espécies piscícolas, para a qual a equipa de Pedro
Raposo de Almeida procura financiamento.
Os açudes beneficiados, em Formoselha, Palheiros, Louredo,
Carvoeira e Penacova, possuem agora passagens artificiais para peixes
migradores que permitem a sua livre circulação.
A subida da lampreia, um ciclóstomo com tradições gastronómicas
nas localidades ribeirinhas da zona, nos concelhos da Figueira da Foz,
Montemor-o-Velho, Coimbra, Vila Nova de Poiares e Penacova, “era muito reduzida
antes desta intervenção”, segundo Pedro Raposo de Almeida.
Os 11 parceiros institucionais do projeto, também distinguidos
coletivamente, são a Agência Portuguesa do Ambiente, o Fluviário de Mora, a
Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o Instituto Português
do Mar e da Atmosfera, a EDP, a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e
Serviços Marítimos, o Instituto Português da Conservação da Natureza e das
Florestas, a Confraria da Lampreia de Penacova e os municípios de Penacova,
Vila Nova de Poiares e Coimbra.
Atribuído anualmente em
conjunto pela American Society of Civil e pela American Fisheries Society, o
prémio distinguiu desta vez o projeto “Reabilitação dos habitats de peixes
diádromos na bacia hidrográfica do Mondego”, liderado pela Universidade de
Évora com o apoio técnico-científico do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente
(MARE).
“A conservação dos peixes
diádromos constitui uma tarefa particularmente desafiante, tendo em conta que
são organismos que utilizam ecossistemas distintos ao longo do seu ciclo de
vida, migrando entre o rio e o mar”, afirmou.
O principal objetivo do projeto
é a “compatibilização entre a conservação dos peixes diádromos e os restantes
usos do rio”, como produção hidroelétrica, abastecimento de água para fins
industrial, agrícola e doméstico, controlo de cheias, pesca profissional e
atividades recreativas (utilização de praias fluviais, pesca desportiva e
canoagem, entre outras).
Segundo Pedro Raposo de
Almeida, “a aplicação de uma estratégia de gestão integrada é dificultada pelo
facto destas zonas serem geridas por diferentes entidades governamentais”.
Desenvolvido entre 2013 e 2015,
o projeto teve um orçamento de 1,38 milhões de euros, comparticipado pelo
Ministério da Agricultura e do Mar, Fundo Europeu das Pescas, através do
Programa Operacional Pesca (PROMAR) e EDP.
Terminou em dezembro e incluiu
a realização de obras em cinco açudes do Mondego, devendo prosseguir com a
monitorização da passagem de lampreias e diferentes espécies piscícolas, para a
qual a equipa de Pedro Raposo de Almeida procura financiamento.
Os açudes beneficiados, em
Formoselha, Palheiros, Louredo, Carvoeira e Penacova, possuem agora passagens
artificiais para peixes migradores que permitem a sua livre circulação.
A subida da lampreia, um
ciclóstomo com tradições gastronómicas nas localidades ribeirinhas da zona, nos
concelhos da Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Coimbra, Vila Nova de Poiares e
Penacova, “era muito reduzida antes desta intervenção”, segundo Pedro Raposo de
Almeida.
Os 11 parceiros institucionais
do projeto, também distinguidos coletivamente, são a Agência Portuguesa do
Ambiente, o Fluviário de Mora, a Fundação da Faculdade de Ciências da
Universidade de Lisboa, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a EDP, a
Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, o Instituto
Português da Conservação da Natureza e das Florestas, a Confraria da Lampreia
de Penacova e os municípios de Penacova, Vila Nova de Poiares e Coimbra.
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