CONGRESSO - Coimbra assiste às Conversas da Psicologia com envelhecimento em pano de fundo
O III Congresso Nacional
Conversas da Psicologia vai realizar-se nos dias 3 e 4 de novembro próximo, em
Coimbra, integrando ainda a 2.ª Conferência Internacional de Envelhecimento
Ativo. O evento promete voltar a ser um grande encontro da
especialidade, com a participação de investigadores e docentes de universidades
portuguesas, brasileiras, espanholas e inglesas.
Este ano, de acordo com Vítor
Anjos, presidente da Associação Portuguesa de Conversas de Psicologia (APCP) –
entidade organizadora, em parceria com a Psicofix –, o congresso apresentará,
entre as diversas comunicações de especialistas portugueses e estrangeiros,
alguns projetos inovadores, nomeadamente nas áreas das “terapias de terceira
geração ligadas a doenças crónicas”.
A 2.ª Conferência Internacional
de Envelhecimento Ativo irá refletir de alguma forma, segundo Ricardo Pocinho,
a importância europeia de Coimbra como “cidade de referência” nesta área. Para
o especialista e responsável pelo evento, são três as questões mais importantes
a tratar: a intervenção em psicologia, as terapias de terceira geração,
nomeadamente as que respeitam a doenças neurodegenerativas e demências – por
especialistas das universidades de Coimbra e Porto e do Instituto Politécnico
de Bragança – e ainda as relacionadas com a formação relativa à transição para
a reforma.
Estudo sobre os níveis de ansiedade dos reclusos
O III Congresso Nacional
Conversas da Psicologia vai apresentar ainda, de acordo com Vítor Anjos, os
resultados de um estudo sobre a redução dos níveis de ansiedade junto da
população reclusa. Na apresentação do congresso, aquele responsável destacou
este estudo da APCP, iniciado há dois anos nos estabelecimentos prisionais de
Coimbra e Setúbal, no qual foram testadas algumas técnicas destinadas a minorar
a ansiedade junto da população reclusa.
Ao terceiro ano, a Associação
Portuguesa de Conversas de Psicologia irá atribuir o Prémio Carreira a José
Pinto da Costa, grande especialista da medicina legal e um dos responsáveis
pelo desenvolvimento da psicologia forense em Portugal. Nos dois anos
anteriores, recorde-se, a APCP já tinha atribuído esta distinção a Carlos
Amaral Dias e a José Pinto Gouveia.
Refletido em números, o congresso
conta com nove conferências proferidas por 27 oradores e 20 comunicações
livres. A abertura será presidida por João Gabriel Silva, reitor da
Universidade de Coimbra, e o encerramento fica a cargo de Tiago Reis Marques,
investigador de Coimbra a trabalhar no Reino Unido.
Lídia Pereira – Diário As Beiras