REGIÃO - CIM investe um milhão de euros na promoção turística do território
A Comunidade Intermunicipal da
Região de Coimbra (CIMRC), da qual faz parte o município de Penacova, vai
investir um milhão de euros nos próximos dois anos num programa para a promoção
turística integrada do território. O projecto que, tem como objectivo a
«afirmação da região enquanto destino turístico», foi ontem dado a conhecer
numa conferência de imprensa realizada na Câmara Municipal de Oliveira do
Hospital, onde o presidente da CIM-RC, João Ataíde, fez notar a necessidade de
tornar a região mais «homogénea» também na área do turismo. «Pensamos que é uma
boa proposta e vamos levá-la ao próximo conselho da CIM», adiantou o também
autarca da Figueira da Foz, que quer «criar território», através da promoção
integrada dos produtos turísticos regionais.
«A nossa maior missão é criar
coesão territorial, e este investimento na promoção turística é fundamental
para que isso aconteça», referiu Ataíde, não tendo dúvidas que esta é uma
região «muito bonita», com uma «tipicidade e genuinidade únicas» que não se
encontram nos meios mais urbanos, onde hoje se registam os grandes fluxos
turísticos. «As pessoas estão muito centralizadas em Lisboa, no Porto e no
Algarve e queremos um Portugal menos urbano e mais genuíno, porque o número de
turistas vai manter-se o mesmo», afirmou o presidente da CIM-RC na apresentação
do plano para a promoção turística da Região de Coimbra, através de uma
estratégia integrada de valorização dos seus recursos naturais e patrimoniais e
dos produtos locais.
Uma estratégia «aprovada» pelo
presidente da Câmara de Oliveira do Hospital e também vice-presidente da CIM,
José Carlos Alexandrino, para quem os objectivos práticos deste plano passam
por fazer drenar mais turistas para os diferentes concelhos da região.
«Constatamos hoje que os grandes centros urbanos concentram um número de
visitantes bastante elevado e o que temos de fazer, para uma maior coesão
territorial, é tentar atrair esses visitantes para estes territórios», explicou
o edil, que não deixou de lamentar os problemas de «mobilidade» que muitos
concelhos, nomeadamente Oliveira do Hospital, continuam a registar. »
Os turistas que vêm, sobretudo
nas companhias de aviação de baixo custo, utilizam os transportes públicos e é
preciso captá-lo para os nossos territórios e para isso precisamos de ter um
plano de mobilidade entre os nossos concelhos», fez notar o autarca, que quer
ver este financiamento «reproduzido nesta coesão do território em termos da
actividade turística».
«A questão que se coloca é como
atrairmos estes fluxos turísticos que hoje ficam pelos grandes centros
urbanos», avançou Alexandrino, acreditando que há bons exemplos, como a Rede de
Aldeias de Xisto, que tem contribuído para aumentar o número de turistas neste
território.
Reivindicada conclusão do IC6
Como a actividade turística
depende também da melhoria das acessibilidades, o presidente da Comunidade
Intermunicipal voltou a defender a conclusão do IC6, que se encontra há vários
anos parado às portas do concelho de Oliveira do Hospital, considerando que
nesta matéria, a Comunidade Intermunicipal também está a “uma só voz” com os
oliveirenses, justificando até à “exaustão” a necessidade de se terminar este
itinerário complementar.
Margarida Prata - Diário de Coimbra