INCÊNDIOS - Aumenta para cinco o número de vítimas mortais em Penacova


Continua a crescer o número de vítimas mortais provocadas pelo incêndio do passado domingo. Desta vez foi Lufreu, aldeia da União de Freguesias de São Pedro de Alva e São Paio do Mondego, no concelho de Penacova, que perdeu um dos “seus”. António Ferreira estava internado em estado grave com queimaduras nos Hospitais da Universidade de Coimbra e acabou mesmo por não resistir à gravidade dos ferimentos. Faleceu ontem, elevando para cinco o número de vítimas mortais no concelho de Penacova (uma delas vítima indirecta).

Só no distrito de Coimbra, e segundo os dados que têm vindo a ser apurados pelo jornal desde domingo, altura que deflagraram os vários incêndios na região Centro, faleceram 24 pessoas.

António Ferreira, com cerca de 80 anos, foi um dos feridos retirados na madrugada do último domingo pelos Bombeiros Voluntários de Penacova da aldeia de Lufreu. «Na madrugada de domingo, fomos ver se havia pessoas na aldeia, que teve várias habitações a arder. Encontrámos três pessoas que retirámos sem ferimentos. Mais tarde, encontrámos este senhor parcialmente queimado com gravidade», recorda o comandante da corporação de Penacova, António Simões.

«Estava na rua, perto de casa, consciente, falei com ele, estava muito queimado», recorda ainda o comandante, explicando que numa aldeia que estava literalmente em chamas, os habitantes conseguiram fugir, incluindo a esposa de António Ferreira. O sénior, contudo, ficou para trás.

Casado, António Ferreira é pai de três filhas, duas das quais emigrantes em França e nos Estados Unidos da América.

Além de António Ferreira, em Penacova faleceram os irmãos Alfredo Simões e José Américo Simões, de 41 e 43 anos respectivamente, de Vale Maior; Almerinda Neves, de 65 anos, de Lagares; e Maria da Encarnação Oliveira, de 85 anos, de Castinçal. No distrito faleceram ainda, até ao dia de ontem, 12 pessoas em Oliveira do Hospital, três em Tábua e quatro Lufreu foi uma aldeia fustigada pelas chamas onde arderam várias habitações em Arganil.

Margarida Alvarinhas – Diário de Coimbra



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