DIOCESE DE COIMBRA - D. Virgílio visitou Terras de Penacova
“Sejamos uma comunidade de paz,
construída com base no desenvolvimento e no progresso”, foi a mensagem deixada pelo Bispo de Coimbra, D.
Virgílio Antunes, no salão nobre dos Paços do Concelho, no início da sua Visita
Pastoral às paróquias de Penacova, Carvalho e Friúmes.
Depois
da Visita Pastoral às paróquias de Sazes do Lorvão, Lorvão e Figueira do
Lorvão, o Bispo de Coimbra esteve, desde quinta-feira a domingo, nas paróquias
de Penacova, Carvalho e Friúmes, onde contactou com as populações, visitou
instituições e Lares, Escolas e Jardins de Infância, empresas, reuniu-se com
movimentos e organismos religiosos, teve momentos de oração e celebrou a
Eucaristia, sentiu o pulsar das comunidades e deixou palavras de esperança, gostaria
que esta Visita Pastoral fosse também de partilha e, referindo-se concretamente
àqueles que foram assolados pela tragédia dos incêndios “que não deixaram ninguém insensível”, também de “consolação para todos aqueles que mais
necessitam”.
À
sua chegada a Penacova, D. Virgílio Antunes foi recebido pelo pároco, padre
Aníbal Castelhano, e depois de um momento de oração na igreja matriz, recebeu
as saudações do leigo Manuel Marques, desejando “que a sua presença e a sua palavra seja um forte incentivo ao dinamismo
e crescimento das nossas comunidades”, considerando que “a presença do Bispo entre nós é sempre um
apelo à unidade, à felicidade e ao anúncio do Evangelho, que nos cabe fazer
chegar a todos”, terminando com votos “que
estes dias da Visita Pastoral sejam um acordar de todos para uma vida cristã mais
autêntica e mais fiel a Jesus Cristo”.
“É o momento especial que permite ao Bispo
um encontro mais longo” com as pessoas
Esse
é também o desejo do Bispo de Coimbra que, “de coração aberto para todos”, manifestou a sua satisfação e gosto
por estar no meio destas comunidades paroquiais, agradecendo a solicitude e o
trabalho “que foi preciso realizar para preparar esta Visita Pastoral” que,
como referiu, faz parte da história viva da Igreja e que “é o momento especial que permite ao Bispo um encontro mais longo”
com as pessoas, porque “sendo cristão
convosco”, procura corresponder “ao
desafio de ser leigo no meio do mundo e a nós ministros ordenados servindo o
povo de Deus”. E tem sido essa, com afirmou, a sua preocupação desde 2011,
“quando entrei na Diocese”.
O
Bispo de Coimbra foi depois recebido no salão nobre dos Paços do Município,
onde o presidente da Câmara Municipal, Humberto Oliveira, deu as boas-vindas e
agradeceu a sua presença no concelho de Penacova - que se iniciou já no passado
fim-de-semana com a Visita Pastoral às paróquias de Sazes do Lorvão, Lorvão e
Figueira do Lorvão e que terminará entre 30 de Novembro e 3 de Dezembro com a
Visita Pastoral às paróquias de Oliveira do Mondego, Paradela, São Paio de
Mondego, São Pedro de Alva e Travanca do Mondego – salientou a importância
desta Visita “e a proximidade que esta
permite às comunidades, tendo em conta que não podemos esquecer as raízes
culturais da grande maioria da população e a sua religiosidade”.
Presidente da Câmara apelou ao Bispo
fazer chegar o seu conforto junto das comunidades afectadas pelo incêndio
Destacando
igualmente o momento simbólico desta Visita Pastoral, já que decorre pouco mais
de um mês, sobre o grande incêndio florestal que afectou significativamente parte
do concelho, o presidente da Câmara deixou o apelo a D. Virgílio Antunes para
que, junto das comunidades afectadas fizesse chegar o seu conforto, pois no seu
entender de “ovelha tresmalhada” mas
com fé, o reconforto de alguém como o Bispo será, com toda a certeza, muito
importante. E como forma de marcar a sua presença ofereceu ao Bispo de Coimbra,
um presépio em madeira de salgueiro, feito pelas artesãs locais Palmira e
Fátima Lopes.
Na
presença de vários funcionários do Município, D. Virgílio Antunes salientou a
importância do espírito ecuménico, referiu-se à cooperação entre instituições
que “tem vindo a ser determinante para
uma Igreja Católica que ao longo dos anos tem sofrido profundas transformações,
caminhando ao encontro de uma atitude dialogante e de co-responsabilidade
solidária na construção conjunta do bem comum” e depois de referir que “todos os que aqui trabalham, independentemente
das suas convicções religiosas, é muito mais o que nos une do que o que nos
separa”, considerou que “chegamos ao
momento em que do lado da Igreja e da sociedade houve uma aceitação e o reconhecimento
de que a justa autonomia é a melhor solução para a sociedade em que nós vivemos
e fazem parte da nossa própria identidade”.
“As grandes instituições e os grandes homens
sempre conseguiram realizar a sua missão no meio das adversidades”
É
na globalidade e da pluralidade deixando às pessoas a liberdade de fazerem “as suas opções desde que não ponham em
causa o bem comum”, que “as
comunidades se constroem de forma mais adequada”, disse o Bispo de Coimbra,
deixando votos de “progresso, muito
progresso, desenvolvimento, crescimento apesar de todas as dificuldades que
nós sabemos que existem nas circunstâncias concretas em que nos encontramos”,
não deixou de salientar que “as grandes
instituições e os grandes homens sempre conseguiram realizar a sua missão no
meio das adversidades. O mesmo digo para mim, para o padre Aníbal, para a
comunidade cristã, é no meio das adversidades e nas circunstâncias concretas
que temos, que havemos de realizar a nossa missão, (…) porque se ficarmos à espera
das circunstâncias para começar a desenvolver a missão que nos cabe neste momento,
nunca chegaremos a começar”, terminando por fazer votos que” tudo corra
pelo melhor neste Município para que esta comunidade humana possa continuar a
desenvolver-se e a progredir”, porque “sem
progresso e desenvolvimento não é possível a equidade e a igualdade que leva à
paz”.
J. M. Castanheira – A Comarca de Arganil


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