INCÊNDIOS - Combate aos fogos passa a estar organizado entre o "permanente" e o "reforçado"
A Comissão Nacional de
Proteção Civil reúne-se hoje para aprovar a Diretiva Operacional Nacional (DON)
que estabelece o dispositivo de combate a incêndios que este ano tem um reforço
de meios, especialmente nos meses de junho e outubro.
A DON, a que agência Lusa
teve acesso, tem como novidades a mudança de nome de Dispostito Especial de
Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para Dispositivo Especial de Combate a
Incêndios Rurais (DECIR), bem como a substituição das atuais fases para níveis
de prontidão.
A nova DON, feita pela
Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e homologada pelo secretário de
Estado da Proteção Civil, define que o combate aos fogos passa a estar
organizado entre o "permanente" e o "reforçado" dividido
por quatro níveis de prontidão.
As cinco fases de combate
aos incêndios atualmente existentes acabam, apesar de se manter o calendário,
que passa a estar dividido por níveis de prontidão consoante o risco de
incêndio.
Segundo a DON, os meios vão
ser reforçados em todos os períodos do ano, sendo nos meses de junho e outubro,
quando se registaram os maiores incêndios de 2017, que provocaram 115 mortos,
que se vai notar maior aumento.
O mês de junho vai contar
este ano com mais 1.580 operacionais, 365 viaturas e oito meios aéreos do que
2017. No período de 01 a 30 junho, que agora vai passar a chamar-se "reforçado nível III", vão estar
mobilizados um total de 8.187 elementos e 1.879 veículos dos vários agentes
presentes no terreno, além de 40 meios aéreos, que aumentam para 48 partir de
15 de junho.
Também de 01 a 15 de
outubro, igualmente chamado de "reforçado
nível III", os meios aumentam em relação ao ano passado: mais 2.834
operacionais, 637 viaturas e 12 meios aéreos. Para os primeiros 15 dias de
outubro estão previstos 8.352 elementos, 1.944 veículos e 34 aeronaves.
Na última quinzena de
outubro, "reforçado nível II",
integram o DECIR as forças de empenhamento permanente e 22 meios aéreos, sendo
o número de meios determinado de acordo com a avaliação do perigo e do risco de
fogo.
Com a mesma denominação, o
período de 15 a 31 de maio passa a integrar 6.290 elementos, 1.473 veículos e
32 aviões e helicópteros.
A fase que até agora se
denominava "Charlie",
entre 01 de julho e 30 de setembro, continua a mobilizar o maior número de
meios, passando este período, que agora vai chamar-se "reforçado nível IV", a contar com
10.767 elementos, 2.463 veículos e 55 meios aéreos, o maior de sempre.
Em relação a 2017, aquele
que é considerado o nível mais crítico de incêndios mobiliza este ano mais
1.027 operacionais, 398 viaturas e sete aparelhos.
Com o DECIR 2018 passam a
estar disponíveis, entre 01 de janeiro e 14 de maio e 01 de novembro e 31 de
dezembro, 20 meios aéreos, seis dos quais do Estado e 14 alugados.
Durante estes meses, denominado
"permanente nível I", vão
estar operacionais as forças dos corpos de bombeiros, do Grupo de Intervenção
de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR, da Força Especial de Bombeiros da ANPC, as
Equipas de Intervenção Permanente e os Grupos de Intervenção Permanente.
O DECIR conta com os três
helicópteros KAMOV do Estado, mas estes aparelhos não estão atualmente a voar,
desconhecendo-se se vão estar operacionais para os incêndios.
Este ano, a rede nacional de postos de vigia, da responsabilidade da GNR, vai estar em funcionamento entre 07 de maio e 30 de outubro, estando a funcionar 228 postos entre 01 de julho e 15 de outubro e no restante período 72.
O ministro da Administração
Interna, Eduardo Cabrita, preside à reunião da Comissão Nacional de Proteção Civil,
que vai decorrer na ANPC, em Carnaxide.
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